Comprar ou vender?

Banco do Brasil (BBSA3): Por que Genial segue com ‘compra’ em meio ao pessimismo de grandes bancos

14 dez 2024, 15:00 - atualizado em 13 dez 2024, 16:25
Banco do Brasil
(Imagem: Paulo Whitaker/REUTERS)

A Genial Investimentos, após reuniões com a equipe de Relações com Investidores do Banco do Brasil (BBAS3), manteve a recomendação de compra para as ações, em meio a um aumento de pessimismo de parte do mercado por conta da inadimplência do setor agrícola.

A análise aponta para a possibilidade do BB atingir um Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE) de 20% em 2025, além de um crescimento de lucro entre 5% e 10%. A política de payout deve se manter em torno de 45%.

A Selic elevada, que beneficia a receita de juros do banco, e a expansão do crédito, são os principais fatores que sustentam a perspectiva positiva.

O relatório é divulgado depois que Citi e o Goldman Sachs rebaixaram a recomendação para o Banco do Brasil, de compra para neutra, citando deterioração da qualidade dos ativos e expectativa de lucros menos robustos. 

Desafios no agronegócio

A inadimplência no agronegócio, concentrada em grandes produtores de soja do Centro-Oeste, deve estabilizar no primeiro semestre de 2025 e melhorar no segundo, com perspectiva positiva para safras recordes graças a condições climáticas favoráveis, argumenta a Genial, citando o próprio banco.

A Selic alta favorece o Banco do Brasil ao aumentar sua receita com juros (NII) e sua margem financeira (NIM).

Além disso, a estrutura de funding do banco, composta 50% por poupança, permite custos mais baixos, já que a remuneração da poupança não acompanha integralmente as altas da Selic.

Isso beneficia a tesouraria e melhora o desempenho financeiro do banco em relação aos concorrentes, argumenta.

A Resolução CMN 4.966 impactará o custo do crédito e o capital principal do banco, mas o Banco do Brasil deve manter o índice acima de 11%, disse a corretora.

A Genial, citando o BB, disse que a expansão da carteira de crédito será prudente, com foco em clientes de menor risco, como classe média-alta e servidores públicos para Pessoa Física, além de grandes empresas no segmento corporativo. O crédito rural deve crescer 15% em 2024, mesmo com desaceleração.

O Banco Patagonia continuará contribuindo positivamente, mas com menor intensidade devido à inflação elevada na Argentina.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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