‘Banco do Brasil (BBAS3) tem potencial de cair mais 30% se Lula for eleito’, calcula analista; o que fazer?
A ação do Banco do Brasil (BBAS3) embicou e sofreu a maior queda desde 23 de março de 2020, auge da pandemia, quando despencou 10,04%.
Nesta sessão, o papel caiu 9,8%, indo a R$ 40,30. De acordo com analistas, o tombo de hoje reflete a disputa eleitoral, com o episódio de Roberto Jefferson impactando negativamente a imagem de Jair Bolsonaro.
Após ofender a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), nas redes sociais enquanto estava em prisão domiciliar, Jefferson teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, também do Supremo, mas resistiu à prisão disparando com um fuzil e lançando duas granadas contra os agentes que foram à sua casa cumprir a determinação.
Conforme observou a Levante Corp, o incidente repercutiu negativamente em todo o mundo político e caiu “como uma bomba” no colo da campanha do atual presidente, que teve de pausar outros esforços para contenção de danos.
A equipe da casa de análise ponderou que ainda é incerto dizer se haverá, de fato, algum desdobramento nas urnas em função do episódio, mas espera que o episódio seja explorado pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A Ativa Investimentos escreve que estatais caíram por causa do grau de incerteza a prováveis desdobramentos das eleições presidenciais. A Petrobras (PETR3;PETR4) também caiu forte nesta sessão.
Ação do Banco do Brasil pode cair mais
João Abdouni, analista da Inv, diz que o preço-alvo para Banco do Brasil em caso de eleição do ex-presidente Lula é de R$ 28, o que implica queda de 30% ante o fechamento desta segunda-feira.
“Intervenção, corrupção, aumento de funcionalismo, queda na rentabilidade. Não tenho certeza que isso vá ocorrer, mas o PT tem histórico de má governança”, argumenta.
O analista não recomenda comprar a ação neste momento.
Em evento para empresários ocorrido em agosto, Lula afirmou que o Banco do Brasil parece “bonzinho” se tiver orientação governamental.
“Porque, se não tiver orientação, a burocracia do Banco do Brasil age como banco privado. Pensa como banco privado. Então, é preciso que a gente enquadre o Banco do Brasil”, colocou.
No seu melhor cenário, Bolsonaro contaria com 46,73% das intenções de voto, acima dos 45,72% do pior cenário de Lula.
No cenário básico, contudo, o petista lidera, com 47,77% das menções, ante 44,82% do ex-capitão. Ainda neste cenário, brancos e nulos somam 5,33%, e os indecisos, 2,08%.
Para chegar a esses números, o Money Times agregou as dez pesquisas divulgadas na semana passada: Ipec, CNT/MDA, Ipespe, Datafolha, PoderData, Quaest, Paraná Pesquisas, Ideia, ModalMais e Veritá.
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