Banco do Brasil (BBAS3) sob Lula quer lucrar R$ 10 bi a mais do que último ano de Bolsonaro
Com certo ceticismo de investidores, o Banco do Brasil (BBAS3) divulgou o seu guidance (projeção) do seu primeiro ano sob a gestão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com expectativas maiores do que em 2022, último ano de Jair Bolsonaro.
De acordo com o documento, o banco espera encerrar 2023 com lucro líquido de até R$ 37 bilhões, enquanto no ano passado o banco esperava lucrar R$ 26 bilhões.
No entanto, o BB conseguiu bater o guidance com folga: lucrou R$ 31,8 bilhões, avanço de 51%.
Para 2023, a estatal espera ainda uma alta de 12% na carteira de crédito e uma margem bruta de até 21%.
Veja na tabela abaixo:
O Banco do Brasil encerrou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido ajustado de R$ 9 bilhões.
O montante representa um avanço de 52,4% em relação aos últimos três meses de 2021 e renova o recorde de geração de resultados trimestrais, destacou a estatal no balanço.
Nova CEO do Banco do Brasil
As ações do Banco do Brasil subiram forte após a nova CEO Tarciana Medeiros tomar posse.
Além da recuperação do setor, analistas que conversaram com o Money Times elogiaram o discurso de Taciana.
No discurso, a nova CEO, a primeira mulher à frente da instituição em quase 200 anos, buscou o diálogo ao falar sobre a necessidade de entregar rentabilidade ao acionista sem, com isso, perder o caráter social do banco.
Felipe Leão, especialista da Valor Investimentos, diz que o mercado se animou com as declarações, bem distantes das ditas pelo presidente Lula durante a campanha.
“Foi um discurso que agradou o mercado. A Tarciana tem uma longa e renomada experiência dentro do banco em diversas áreas do segmento, como varejo e seguros, combinada com seu conhecimento em tecnologia, o que pode levar a uma indicação de que o banco irá manter os investimentos em inovação”, diz.