Banco do Brasil (BBAS3): Queda de quase 5% abre ‘ponto de entrada’ para ação?
A ação do Banco do Brasil (BBAS3) teve mais uma sessão negativa nesta sexta-feira, com desvalorização de 0,67%, e fechou a semana com queda acumulada de 4,60%. Apesar disso, no ano o banco sustenta desempenho de dar inveja, com salto de 43%.
De acordo Daniel Abrahão, assessor de investimentos iHUB Investimentos e colunista do Money Times, esta queda pode ser interpretada como uma correção natural do mercado, alinhando-se com o desempenho de outras empresas do setor financeiro no mesmo período.
“As ações do Banco do Brasil merecem destaque esse ano pela expressiva valorização. Diante disso, uma correção de preço é uma ocorrência comum e deve ser esperada. Do ponto de vista técnico, existe a possibilidade de que essa correção se estenda ainda mais, indicando que quedas adicionais no preço das ações não devem ser motivo de alarme”, coloca.
Além disso, a semana também foi marcada por medida publicada pelo Ministério da Fazenda sobre as regras e entidades financeiras (portaria º 695) que vão atuar na equalização de juros do Plano Safra 2023/2024.
Para este ano, as despesas administrativas e tributárias (CAT), que são a principal taxa utilizada para os juros de equalização do Plano Safra, foram reduzidas em 0,34 ponto percentual ao setor, para 3,14%.
Analistas da Ágora alertaram para o fato de que a medida pode gerar impactos para a rentabilidade do banco. O agronegócio é o principal negócio do BB.
Oportunidade em Banco do Brasil?
Segundo Abrahão, é crucial enfatizar que tais movimentos de mercado são habituais e não devem desestimular os investidores. “Embora o declínio possa gerar preocupações, é essencial vê-lo dentro do contexto mais amplo da dinâmica do mercado”, discorre.
No mês passado, o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para os papéis do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 61. Se os valores chegarem a esse nível, então a ação do banco ultrapassaria sua máxima histórica, quando atingiu R$ 54 em fevereiro de 2019.
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De acordo com os analistas, liderados por Eduardo Rosman, o Banco do Brasil caminha para continuar a boa fase que o fez disparar 50% no acumulado do ano, “sem grandes motivos para acreditar que o ROE (retorno sobre o patrimônio) se deteriorará no curto prazo”.
“Ainda vemos a ação como atraente, embora naturalmente, após o desempenho de 50% no acumulado do ano, estejamos menos entusiasmados do que no início do ano”, destacam.