Banco do Brasil (BBAS3) provou no 2T22 por que é o melhor banco da Bolsa, diz XP
O Banco do Brasil (BBAS3) reportou, novamente, números que superaram em muito as expectativas já altas de analistas.
Na noite desta quarta-feira (10), a estatal anunciou lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões, acima dos R$ 6,2 bilhões da Bloomberg.
As cifras do bancão também agradaram a XP. Os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães classificaram os números como positivos.
De acordo com eles, os números foram puxados, principalmente, por um desempenho mais forte na margem financeira bruta (NII), que foi beneficiado pelo “sólido crescimento de sua carteira de crédito nos últimos trimestres”.
Além disso, lembra a dupla, a inadimplência permaneceu a mais baixa do setor em 2% e as provisões estáveis levaram a um índice de cobertura de 271% (o mais alto do setor), “que consideramos saudável”.
“Antecipamos uma reação positiva das ações e reiteramos o BBAS3 como nossa top pick (favorita) no setor”, afirma.
Números do Banco do Brasil
Uma escalada do crédito impulsionou o lucro do segundo trimestre do Banco do Brasil, que também elevou suas previsões para as principais linhas de desempenho em 2022.
Assim como aconteceu com os principais rivais privados que já publicaram seus resultados do período, o desempenho do BB foi calcado na forte expansão dos empréstimos, com a carteira expandida no fim de junho atingindo 919,5 bilhões, após crescer 19,9% em 12 meses, puxada pelas linhas de cartão de crédito (+51,7%), garantias e recebíveis (+59%) e agronegócio (+27,3%).
Um dos resultados dessa evolução foi o incremento de 45% das receitas com crédito do BB ano a ano, a 26,2 bilhões de reais.
Mas o BB foi mais bem sucedido em controlar a qualidade da carteira, com o índice de atrasos de clientes com mais de 90 dias subindo apenas 0,14 ponto percentual em um ano, a 2%.
No conjunto, o BB teve no trimestre uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 20,6%, um salto de 6,1 pontos percentuais sobre um ano antes.
Em outra frente, as receitas com tarifas e serviços do Banco do Brasil cresceram 8,9% no comparativo anual, para 7,85 bilhões de reais.
Por fim, o BB ainda teve um acréscimo de 136% do seu resultado de tesouraria, a 7,45 bilhões de reais, também destoando do resultado mais fraco de seus pares nessa linha.
Com Reuters
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