Comprar ou vender?

Banco do Brasil (BBAS3): Por que ‘Buffett de Londrina’ comprou ação na baixa?

30 jul 2025, 9:00 - atualizado em 29 jul 2025, 19:36
Cesar Paiva
Cesar Paiva — conhecido como o “Buffett de Londrina” pelos retornos entregues (um de seus fundos subiu 2.157,26% desde 2008) — disse que comprou “um pouquinho” da ação (Imagem: Divulgação/XP Expert)

O Banco do Brasil (BBAS3) passou de um dos melhores bancos da bolsa a uma ação malvista por parte dos investidores, após uma sequência de resultados fracos. E não só isso: as perspectivas para o segundo trimestre também não são animadoras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, no mercado, há um mantra entre gestores que pensam no longo prazo: compre na baixa, venda na alta. Seria o caso do BB?

Em entrevista ao Money Times, Cesar Paiva — conhecido como o “Buffett de Londrina” pelos retornos entregues (um de seus fundos subiu 2.157,26% desde 2008) — disse que comprou “um pouquinho” da ação após o papel despencar 32% desde as máximas do ano.

Na casa dos R$ 19, BBAS3 negocia no mesmo patamar de maio de 2023. Mesmo reconhecendo que os resultados do primeiro trimestre vieram piores do que o esperado, Paiva afirmou que a reação do mercado talvez “tenha sido um pouco exagerada”.

“As ações hoje estão negociando a 0,65 vez o valor patrimonial. Ficaram num preço em que, mesmo com o lucro caindo bastante, devem estar sendo negociadas a cinco vezes o lucro. O dividend yield deve ser de 7% a 8%, mesmo com o payout que deve ser reduzido”, explicou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda segundo ele, é preciso observar as cenas dos próximos capítulos, com a divulgação dos resultados do segundo trimestre, que saem no dia 14 de agosto.

“Talvez a gente aumente ou diminua a posição”, completou.

A posição em BB vem desde a pandemia, quando a ação subiu mais de 60%. Porém, riscos no agronegócio levaram a gestora a realizar parte do lucro no início deste ano.

Atualmente, o Banco do Brasil representa somente 4% do fundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Bola dentro: Bradesco

Se o Banco do Brasil comprometeu parte do desempenho, o Bradesco (BBDC4) ajudou a conter os danos e garantiu bons retornos.

Outra aposta de longa data da Real Investidor, o banco de Osasco conseguiu entregar resultados — com o papel acumulando alta de 35% no ano.

“Geralmente, quando um papel está em baixa, é porque as pessoas não recomendam, não gostam. Talvez exista uma nuvem preta, um resultado fraco. Mas é justamente ali que surgem as melhores oportunidades”, afirmou Paiva.

Questionado se o banco ainda tem fôlego, o gestor respondeu que sim.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Negocia a seis vezes o lucro, com rendimento de dividendos de 8%. É um patamar bem interessante. O retorno sobre o patrimônio tem melhorado um pouco a cada trimestre”.

Outras apostas

Paiva explica que o fundo atualmente possui 20 empresas de até nove setores diferentes.

“Gostamos de companhias de commodities, como a Suzano (SUZB3); temos utilities; e estamos bem animados com os preços das elétricas também”, comentou.

No setor financeiro, além de BBAS3 e BBDC4, a Porto (PSSA3) — papel que está próximo às máximas históricas — também compõe o fundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No setor imobiliário, os destaques são as ações da operadora de shoppings Allos (ALOS3), que estariam “muito baratas”, e os papéis da Log (LOGG3), especializada em galpões logísticos.

A MRV (MRVE3) tem ganhado espaço no portfólio. A companhia é outro caso de ação que passou por uma “liquidação” na bolsa, mas que promete organizar a casa.

“Achamos que foi uma tempestade, mas as perspectivas para 2026 são boas”, disse o gestor.

Apesar de todos os ruídos, a Petrobras (PETR4) ainda é, na visão de Paiva, uma empresa muito lucrativa — e barata.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Gera muito caixa e deve, novamente, pagar dividendos relevantes. Então, acreditamos que continua fazendo sentido manter as ações. Não está tão barata quanto alguns anos atrás, mas seguimos posicionados”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar