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Banco do Brasil (BBAS3) ou BB Seguridade (BBSE3): Há motivo para preferir uma ação?

26 jan 2023, 14:35 - atualizado em 26 jan 2023, 14:35
Banco do Brasil
O Credit Suisse tem o Banco do Brasil e a BB Seguridade como suas ações top picks dentro do setor financeiro (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Entre os bancões, pode-se dizer que o ano de 2022 foi do Banco do Brasil (BBAS3). Segundo o Credit Suisse, a estatal mostrou a força dos seus resultados, aproveitando os impactos positivos do aumento das taxas de juros nos números de Treasury.

Com juros maiores se mantendo por mais tempo, analistas acreditam que essa linha do balanço do Banco do Brasil pode marcar mais um ano positivo, novamente impulsionado pelo crescimento de NII (margem financeira líquida).

“Nossas estimativas revisadas assumem que o banco pode terminar 2022 no meio do guidance de lucro líquido de R$ 30,5-32,5 bilhões, enquanto em 2023 deve crescer 6% ano a ano, a R$ 33,4 bilhões”, afirmam os analistas Marcelo Telles e Daniel Vaz, em relatório divulgado na semana.

O Credit Suisse ainda tem o Banco do Brasil como uma de suas ações top picks. De acordo com Telles e Vaz, a companhia oferece a assimetria de valuation mais atrativa dentro da cobertura, com “um nível saudável de lucratividade e exposição a risco após o mandato memorável de Fausto Ribeiro”.

Sobre a chegada de Tarciana Medeiros no comando da estatal, os analistas enxergam a mudança com bons olhos, citando falas recentes positivas da executiva.

Medeiros se comprometeu com uma gestão para manter a rentabilidade da companhia ao mesmo tempo em que realiza funções sociais. Na cerimônia de posse, a nova CEO disse que o banco continuará “gerando retorno adequado ao capital que investiram na empresa”.

“Eles acreditaram em nós e vamos oferecer a justa contrapartida a essa confiança”, reforçou.

BB Seguridade não fica atrás

O Credit Suisse também é otimista com a BB Seguridade (BBSE3), braço de seguros do Banco do Brasil. Como o controlador, a seguradora apresentou grandes números em 2022.

Apesar da forte performance no último ano, Telles e Vaz veem a ação da BB Seguridade como uma das mais atrativas dentro do setor financeiro, “especialmente considerando nossa visão de um cenário mais deteriorado e menor risco-retorno para bancos brasileiros”.

“Com juros maiores por mais tempo, a BB Seguridade deve entregar resultados financeiros melhores enquanto continua se beneficiando da tendência secular de expansão do Agronegócio no Brasil”, afirmam os analistas.

Na avaliação do Credit Suisse, a BB Seguridade carrega um bom momentum de resultados, além de risco-retorno atrativo. Ela ainda poderia se beneficiar do potencial cenário de originação de crédito estimulada no Banco do Brasil, defende.

Para completar, os analistas projetam um volume considerável de dividendos a ser distribuído em fevereiro, de aproximadamente R$ 3,6 bilhões.

“Vale destacar que a BB Seguridade não deve enfrentar impactos com o potencial fim dos juros sobre o capital, considerando que sua distribuição é 100% via dividendos”, reforçam.

A ação da BB Seguridade supera a do Banco do Brasil em termos de preferência do Credit Suisse, mas a recomendação é de “outperform” (desempenho esperado acimada média do mercado) para ambas.

O preço-alvo da BB Seguridade foi revisado para cima, de R$ 34 a R$ 42, com estimativas de lucro líquido subindo em 5% e 8% para 2023 e 2024, respectivamente, a R$ 7,03 bilhões e R$ 7,69 bilhões.

Para a ação do Banco do Brasil, o preço-alvo em 12 meses é de R$ 50.

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