Banco do Brasil (BBAS3): O temor do Santander em relação aos resultados do 2T24
Apesar de otimista em relação aos resultados do Banco do Brasil (BBAS3), o Santander guarda alguns temores com os números do segundo trimestre.
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Os analistas Henrique Navarro, Arnon Shirazi e Anahy Rios afirmam que alguns fatores podem levar o mercado a acreditar que o segundo trimestre foi de baixa qualidade, pressionando os papéis na bolsa. Os pontos de atenção são:
- deterioração do NPL (empréstimos que não foram pagos aos bancos após 90 dias do vencimento) no segmento rural;
- provisões elevadas;
- salto nas despesas administrativas.
Não custa lembrar que o Banco do Brasil derreteu após a divulgação dos resultados do quarto e primeiro trimestre.
Mesmo assim, o trio sustenta que a estatal pode alcançar um crescimento saudável com um valuation muito interessante.
Eles estimam lucro de R$ 9.369 bilhões, alta de 1% no ano e 7% no trimestre, com ROE (retorno sobre o patrimônio) de 20%. Já a receita deverá ter sólida expansão, com forte contribuição do banco argentino Patagônia.
“O NPL deverá apresentar uma ligeira deterioração em segmentos específicos, a nosso ver, mas nada alarmante. Dito isto, espera-se que as provisões permaneçam num nível elevado. Por fim, prevemos que as despesas se alinhem com a projeção (guidance), apesar da recuperação esperada nas despesas administrativas”, completa.
Para o crédito, os analistas esperam alta de 11% na carteira, com importante contribuição vinda do segmento varejo (crédito consignado, principalmente, com potencial recuperação dos cartões de crédito), enquanto o segmento pessoa jurídica mantém o ritmo de crescimento do último trimestre.
Por outro lado, o agronegócio deve desacelerar dada a sazonalidade do trimestre, antecipando o Plano Safra 24/25 do Brasil.
A recomendação do Santander para Banco do Brasil é de compra com preço-alvo de R$ 42,50, potencial de alta de 60%. A previsão é que o banco divulgue seu resultado no dia 07 de agosto.