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Banco do Brasil (BBAS3): Lucro líquido sobe 8% e vai a R$ 9,5 bilhões no 2T24, acima das expectativas

07 ago 2024, 18:33 - atualizado em 07 ago 2024, 21:53
banco do brasil - bbas3
De acordo com o banco, o número foi reflexo do bom desempenho no crédito, nas captações, serviços e controle de custos (Imagem: Agência Brasil)

O Banco do Brasil (BBAS3) terminou o segundo trimestre de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões, alta de 8,2% ante o mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta. Ante o primeiro trimestre, a elevação foi de 2,2%.

O número ficou acima da expectativa da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 9,3 bilhões.

Segundo o banco, o resultado foi influenciado pela redução de despesas com PCLD e crescimento das receitas de prestação de serviços. Esse item subiu, sobretudo, pela alta nas linhas de administração de fundos, operações de crédito e conta-corrente.

Dessa forma, a estatal, considerada uma das mais seguras da bolsa por analistas, encerra a safra de resultados dos bancões com o segundo maior ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), de 21,6%, atrás do Itaú (ITUB4), que finalizou o período com rentabilidade de 22%.

O BB segue na frente do Santander (SANB11), com ROE de 15,5%, enquanto o Bradesco (BBDC4) continua na lanterninha, com ROE de 10,5%.

Por outro lado, a margem com o cliente obteve retração trimestral de 2,1%, influenciada pela maior quantidade de dias úteis e pelo mix de funding. No ano, o indicador caiu 1%.

As receitas com prestação de serviços subiram para 6,7%, a R$ 8,2 bilhões. Segundo o banco, a linha foi influenciada positivamente pela de administração de fundos (+7,4%), operações de crédito e garantias (+15,7%) e rendas do mercado de capitais (+61,6%).

A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias, registrou saldo de R$ 1,18 trilhão em junho, com evolução de 13,2% na comparação dos últimos 12 meses e 3,9% na comparação com março de 2024.

No caso da pessoa física, houve aumento de 1,1% no trimestre e 6,2% no último ano, alcançando R$ 320,8 bilhões, com destaque para a carteira de crédito consignado.

A carteira de agronegócio, que serve com âncora para o balanço, alcançou R$ 375 bilhões em junho/2024, crescimento de 0,7% no trimestre e 16,6% nos últimos 12 meses. Alguns analistas esperavam queda nessa segmento, o que era considerado um dos principais temores do mercado.

Consolidando o BB como o maior banco do agronegócio, o novo Plano Safra 2024/2025 disponibilizará o montante recorde de R$ 260 bilhões em recursos para o setor.

Inadimplência e despesas do Banco do Brasil

Apesar disso, o banco viu as despesas administrativas totalizarem R$ 9,2 bilhões, aumento de 4,1% em relação ao trimestre anterior, reflexo, principalmente, da elevação de 3,3% em despesas de pessoal e pelo acréscimo de 5,8% em outras despesas administrativas.

O índice de inadimplência de 90 dias também mostrou piora, finalizando junho em 3%, contra 2,73% do mesmo período do ano passado.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) aumentou em 8,8%, para R$ 7,807. Contudo, em relação ao primeiro trimestre de 2024, houve uma queda de 8,6%.

Ou seja, o banco vai na contramão de seus pares, que ou tiveram queda na inadimplência, ou se mantiveram estáveis nos indicadores.

Revisão do guidance e dividendos

O BB aproveitou para aumentar algumas projeções, como a margem financeira bruta, que antes estava com crescimento de  7% e 11% e agora passou a 10% e 13%.

Porém, a estatal espera elevar a provisão de R$ 30 a R$ 27 bilhões para R$ 31 a 34 bilhões. No primeiro semestre, o banco provisionou R$ 16,3 bilhões.

A instituição também distribuirá R$ 2,6 bilhões em proventos, sendo R$ 866 milhões em dividendos e R$ 1,7 bilhão em juros sobre o capital próprio, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira.

O valor da remuneração aos acionistas corresponde a R$ 0,15 por ação em dividendos e R$ 0,31 em juros sobre o capital próprio complementares.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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