Banco do Brasil (BBAS3): Lucro atinge R$ 8,8 bilhões no 3T23
O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil (BBAS3) atingiu R$ 8,78 bilhões no terceiro trimestre de 2023, mostra relatório divulgado pela estatal nesta quarta-feira (8).
O número representa um crescimento de 4,5% sobre o mesmo período de 2022. Em relação ao segundo trimestre deste ano, o lucro veio estável.
O consenso do mercado estava na expectativa por um lucro de R$ 9,06 bilhões, de acordo com um levantamento realizado pela Bloomberg. Dessa forma, o valor não atendeu as expectativas.
No acumulado dos primeiros nove meses de 2023, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 26,1 bilhões, crescimento de 14% em base anual, o que representa um ROE (retorno sobre patrimônio líquido) de 21,3%. O desempenho reflete o crescimento da margem financeira bruta, que se beneficiou do avanço da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários alocados em tesouraria.
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Carteira de crédito ampliada
Ao fim de setembro de 2023, a carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias, totalizou R$ 1,06 trilhão, alta anual de 10% e avanço de 2% em relação ao saldo em junho deste ano.
A carteira ampliada pessoa física teve um crescimento 7,9% em 12 meses, totalizando R$ 304,1 bilhões com desempenho positivo da carteira de crédito consignado.
Enquanto isso, a carteira ampliada pessoa jurídica subiu 4,7% em 12 meses, a R$ 371,4 bilhões, com destaque para a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs).
Por fim, a carteira de agronegócio apontou crescimento de 18,9% na mesma base de comparação, somando R$ 339,9 bilhões. Destaque para as linhas de custeio (+14,2% no trimestre e +18,9% em 12 meses), de investimentos (+4,8% no trimestre e +37,1% em 12 meses) e de comercialização (+8,7% no trimestre e +64,9% em 12 meses).
As receitas de prestação de serviços no terceiro trimestre somaram R$ 8,67 bilhões, leve avanço em base anual de 1,7%. O resultado foi positivamente influenciado pelas linhas de seguros, previdência e capitalização, além de administração de fundos e consórcios.
Despesas e inadimplência
As despesas administrativas atingiram R$ 9,17 bilhões, alta anual de 9,2%, puxado pelo aumento de 7,2% em Outras Despesas Administrativas, compensado pela redução de 1,7% em Despesas de Pessoal.
O índice de inadimplência INAD+90d (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) subiu. Novamente, o Banco do Brasil explicou que a linha foi afetada por parte dos créditos realizados com “uma empresa do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023”, dando a entender que é a Americanas (AMER3).
“Sem considerar este evento, o INAD+90d seria de 2,63% em setembro de 2023 (de 2,81%) e 2,65% em junho/23 (de 2,73%)”, afirma o BB, no relatório.
A PCLD (provisão para crédito de liquidação duvidosa) ampliada avançou 66,4% em 12 meses, chegando a R$ 7,51 bilhões.