Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 9,4 bilhões no 4T23; em 2023, atinge recorde
O Banco do Brasil (BBAS3) atingiu lucro líquido ajustado de R$ 9,44 bilhões no quarto trimestre de 2023. As informações são do relatório divulgado nesta quinta-feira (8).
O desempenho no período representa um crescimento em base anual de 4,8% e veio acima comparado com as projeções do mercado, que esperava ganhos de R$ 9,2 bilhões, de acordo com levantamento da Bloomberg.
No ano cheio de 2023, a estatal reportou um lucro recorde de R$ 35,6 bilhões, alta de 11,4% sobre 2022.
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Carteira de crédito ampliada
A carteira de crédito ampliada da companhia encerrou o último ano com valor total de R$ 1,1 trilhão, avanço sequencial de 4% e um crescimento de 10,3% sobre 2022.
No quarto trimestre, a carteira ampliada pessoa física apresentou um crescimento de 8,1% comparado ao fim de 2022, totalizando R$ 313,1 bilhões. O avanço veio principalmente pela carteira de crédito consignado, que subiu quase 10%.
A carteira de crédito pessoa jurídica subiu 9% em base anual, a R$ 390,8 bilhões. Enquanto isso, o segmento de agronegócio somou R$ 335,3 bilhões, uma alta em 12 meses de 14,7%, com destaque para as linhas de custeio, investimentos e CPR.
“De julho a dezembro, ou seja, no primeiro semestre de atuação no Plano Safra 2023/2024, o BB desembolsou R$ 120 bilhões, um crescimento de 5,4% em relação ao mesmo período da safra anterior”, destacou a empresa estatal.
As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 8,74 bilhões no quarto trimestre, apoiadas pelo salto do segmento de mercado de capitais (+66,4%).
Em 2023, houve crescimento de 4,6% na linha, com performance positiva na maioria das linhas de negócio, destacou o banco.
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Despesas e inadimplência
As despesas administrativas do quarto trimestre totalizaram R$ 9,3 bilhões, ante montante de R$ 8,8 bilhões um ano antes.
O aumento se deve, de acordo com o BB, ao avanço de 5,9% em Despesas de Pessoal, compensado pela redução de 0,3% em Outras Despesas Administrativas.
O índice de inadimplência INAD+90d (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada) subiu para 2,92%.
Segundo o Banco do Brasil, sem considerar o “caso específico da empresa do segmento de large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023” (Americanas – AMER3), o índice de inadimplência acima de 90 dias seria de 2,65% em junho/23, 2,63% em setembro/23 e 2,75% em dezembro/23.
A PCLD (provisão para crédito de liquidação duvidosa) ampliada totalizou R$ 9,98 bilhões no quarto trimestre do ano passado, salto de 52,8% em base anual. No acumulado em 2023, o crescimento foi de 82,3%, totalizando R$ 30,5 bilhões.