Comprar ou vender?

Banco do Brasil (BBAS3) está mais arriscado, vê XP; ainda vale a compra?

13 out 2023, 12:48 - atualizado em 13 out 2023, 13:11
Banco do Brasil
A corretora vê ‘dias um pouco menos ensolarados pela frente’ para Banco do Brasil (Imagem: Banco do Brasil)

A XP Investimentos revisou as projeções de Banco do Brasil (BBAS3), mas manteve a recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 61 até 2024, o que abre potencial de alta de 24%.

Apesar disso, a corretora vê ‘dias um pouco menos ensolarados pela frente’.

Para os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, o rápido e robusto ciclo de aperto monetário no Brasil, que elevou a Selic para um pico de 13,75%, certamente ajudou o Banco do Brasil a aumentar seus resultados nos últimos trimestres.

“Contudo, a política monetária está agora a mover-se na direção oposta e, embora isto possa ainda não ser um obstáculo, certamente não será um vento favorável tão forte como tem sido durante os últimos dois anos”, explica.

Ademais, o trio de analistas nota que o ambiente atual que vem se desenhando combina taxas de juros mais baixas e concorrentes voltando, ainda que gradativamente, a ser mais agressivos na originação de crédito.

“Tudo isso deverá pressionar o ROE (retorno sobre o patrimônio) do BB”, notam.

Contudo, explicam os analistas, é possível que o banco consiga superar estes desafios e manter o seu nível de rentabilidade.

“Portanto, embora este não seja o nosso cenário base, isto é possível e se acontecer seria mais um upside para as ações BBAS3”, completam.

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Banco do Brasil ainda barato

Os analistas calculam que, mesmo com a disparada de 47% no ano, o papel ainda está barato, negociando a 0,7x P/VP (preço sobre valor patrimonial) e 3,8x P/L (preço sobre o lucro) 2024E, abaixo da sua média histórica de 5-7x.

“Apesar das nossas expectativas e do mercado de uma melhor rentabilidade (incluindo o ROE mais elevado em 2023 entre os bancos históricos), isto não foi suficiente para desencadear uma reavaliação dos múltiplos”, explicam.

Por fim, eles dizem que embora seja difícil prever o momento exato de uma expansão de múltiplos, “que, em nossa opinião, já deveria ter acontecido dadas as melhorias operacionais, não prevemos uma compressão de múltiplos neste momento, especialmente considerando as nossas (e o consenso) expectativas de lucros mais elevados em 2024 e 2025”.

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