Banco do Brasil (BBAS3) está em melhor forma e “inquestionavelmente barato”, diz BTG
O BTG Pactual (BPAC11) elevou o preço-alvo da ação do Banco do Brasil (BBAS3), de R$ 46 para R$ 51, o que implica potencial de valorização de aproximadamente 38% em relação à cotação do último fechamento.
Na opinião dos analistas, a companhia oferece a melhor assimetria do setor bancário, e por isso reiteram a indicação de compra do papel.
Melhor que em 2015
De acordo com o BTG, a ação está “inquestionavelmente barata”, ainda mais se levar em consideração que a estatal parece estar em melhor posição agora comparado a 2015.
“O capital principal estava muito abaixo do dos pares privados, e a taxa Selic não só estava mais alta do que está agora, mas com fortes indícios de que poderia subir ainda mais, significando um custo de capital muito mais alto também. Por causa do balanço ruim e dos riscos de inadimplência, a visibilidade dos lucros era ruim”, afirmam Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel, Thiago Paura e Vitor Melo, do time de análise da instituição, em relatório divulgado na sexta-feira (20).
Olhando para os dias atuais, o BTG explica que, embora o Banco do Brasil tenha crescido menos que os pares nos últimos cinco anos, o capital principal da companhia é maior e sua carteira de crédito tem perfil de risco menor, com mais exposição ao agronegócio e menos crédito ao consumidor sem garantia.
Segundo o BTG, enquanto o P/VP (preço sobre valor patrimonial) de hoje é maior do que em 2015 (0,67x vs. 0,45x), o P/L (preço sobre lucro), que combina ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) e P/VP na mesma métrica, é mais barato.
“Se o BB conseguir manter o lucro estável em termos nominais e manter o payout em 40%, em dez anos você terá de volta todo o valor de mercado em dividendos“, dizem os analistas.
Após 1T22
Além do ajuste no preço-alvo, o BTG atualizou suas estimativas de lucro líquido após os resultados positivos do primeiro trimestre do ano.
Os analistas projetam que o Banco do Brasil entregará o topo do guidance de lucro líquido para 2022, de R$ 26 bilhões.
“Se isso acontecer, seria negociado muito barato a 4x P/L 22, com um dividend yield de 10%, barato demais para ser ignorado, principalmente porque o banco estatal está em uma situação muito melhor em relação às ‘crises’ anteriores, quando também foi negociado a múltiplos muito baixos”, reforçam.
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