Banco do Brasil (BBAS3): ‘Espero que o mercado use a calculadora e analise melhor as nossas ações’, diz CEO
A CEO do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, afirmou que, a medida que o banco entrega melhores e sustentáveis resultados, espera do mercado uma compreensão da consolidação e execução de sua estratégia financeira.
Durante o Latin America Investment Conference (LAIC), evento promovido pelo UBS e UBS BB nesta terça-feira (28), a executiva, ao ser questionada sobre o porquê, em sua visão, o mercado não precifica adequadamente o banco, defendeu que diversas provas da qualidade dos resultados estão sendo entregues.
Segundo ela, a companhia opera atenta em seu tripé de risco, análise de viabilidade financeira das operações e capacidade de pagamento dos clientes, focando na capacidade de geração de resultado. Ainda, Medeiros foi categórica ao afirmar que o “Banco do Brasil vai entregar resultados do tamanho do Banco do Brasil”
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O tradicional banco brasileiro carrega 216 anos de história e vê hoje suas ações negociadas em torno de R$ 27, acumulando alta superior a 14% em janeiro de 2025. Quando Medeiros assumiu, em janeiro de 2023, BBAS3 era negociada na casa dos R$ 15.
“Dito isso, espero que o mercado use a calculadora e analise melhor as nossas ações. Mas eu não tenho como dizer não estamos felizes com o que tem acontecido. O banco nesses últimos dois anos teve uma valorização de praticamente 50% do valor inicial de quando nós iniciamos a gestão [da atual CEO]“, afirmou.
Durante o painel que participou no evento do UBS, do qual o Banco do Brasil é parceiro via joint venture, a CEO afirmou ainda que o Banco do Brasil é uma “startup com 216 anos”, devido à flexibilidade que tem para se adaptar as mudanças de mercado e cenário no momento em que acontecem.
Perspectivas do Banco do Brasil para 2025
Para 2025, a Medeiros pontua o contexto de política monetária mais apertada, mas pontua que o Banco do Brasil acredita em um cenário de crescimento da carteira de crédito.
“Claro, crescimento mais moderado, a gente observando muito mais a situação e a análise de risco. Eu acho que nós sempre fomos muito criteriosos na concessão de crédito e na análise de risco”.
Essa visão otimista em relação ao crescimento da carteira de crédito se deve ao que Tarciana aponta como uma peculiaridade do BB. “A gente tem uma carteira de crédito muito equilibrada. Nós temos uma carteira de crédito que eu digo que é o sonho de todo banco”, afirma.
Medeiros aponta que um terço é voltado para a pessoa física, um terço para a pessoa jurídica e um terço para o agro, viabilizando um mix que proporciona segurança na concessão de crédito para o agro e segurança no crescimento da carteira de crédito consignada.
“Eu digo que um cenário de Selic mais elevada acabamos tendo uma vantagem competitiva, porque eu tenho uma carteira de crédito já tomada, com a margem ocupada numa Selic mais baixa. Então, em um cenário de renovação de compras de dívida, isso não acontece”, defende.
Neste ano, condições climáticas melhores do lado do agronegócio e continuidade do crescimento econômico brasileiro viabilizam esse crescimento da carteira de crédito, mesmo em meio a um cenário macroeconômico adverso.