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Banco do Brasil (BBAS3) em liquidação: Papel tem fôlego para subir mais 50%, diz Safra

09 mar 2022, 14:46 - atualizado em 09 mar 2022, 20:01
Mesmo com alta de 20% no ano, Banco do Brasil pode entregar alta de mais 50%, vê Safra (Imagem: Lula Marques/Bloomberg)

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) saltaram 20% neste ano, na esteira do bom momento do setor.

Além disso, o banco também divulgou bons resultados no quaro trimestre de 2021, o que ajudou no desempenho positivo.

Mas para o Safra, há espaço para mais altas dos papéis do BB. O banco subiu o preço-alvo da estatal de R$ 48 para R$ 50, o que implica potencial de elevação de cerca de 50% ante o último fechamento.

Segundo os analistas, o Banco do Brasil vem apresentando forte crescimento de crédito (especialmente no crédito rural e alguns segmentos para pessoas físicas), boa qualidade da carteira e está pronto para apresentar números fortes neste ano, colocando o papel em um grande desconto em relação aos seus concorrentes.

O Safra calcula em 4,2 vezes o preço sobre o lucro (P/L) contra a média do setor de 7,2 vezes.

“Acreditamos que o Banco do Brasil continuará com bom desempenho no segmento de crédito, mesmo considerando o forte crescimento observado em 2021”, afirma a instituição.

Para 2022, o Safra prevê crescimento de 9,2% no empréstimo para o segmento de pessoas físicas (incluindo linhas mais arriscadas).

“Também vemos boas perspectivas para o NIM (margem líquida de juros), não só pelo efeito mix, mas também porque os spreads devem aumentar ao longo do ano, pela repactuação de novos empréstimos, e pela menor pressão do custo de captação em caderneta de poupança”, argumenta.

Apesar disso, os analistas lembram que essa mudança de estratégia pressionará a qualidade do crédito, elevando o índice de inadimplência este ano, além do consumo maior do índice de cobertura.

Mesmo assim, os índices devem permanecer em níveis “saudáveis”..

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Mais lucro

O Safra ampliou em 21% a estimativa de lucro líquido do BB para R$ 23,8 bilhões em 2022, ligeiramente abaixo da média do guidance (projeções) de lucro líquido do BB entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões.

Já os empréstimos vão somar R$ 857 bilhões até o fim do ano. Para o NII (margem líquida com juros), o Safra prevê R$ 66,3 bilhões, um aumento de 7% em relação à estimativa anterior, e índice de inadimplência em 2,4%.

“Também atualizamos nossas estimativas de tarifas, pois acreditamos que a linha provavelmente será impulsionada pelo crescimento das operações de crédito, cartões de crédito e seguros, atingindo R$ 30,9 bilhões em 2022”, completam.

Entre os riscos, o Safra enxerga a frente política, “pois a eleição de 2022 pode trazer incertezas sobre eventuais mudanças na alta administração”.

Além disso, o recente conflito no Leste Europeu pode impactar o agronegócio brasileiro, por conta das pressões de preços na cadeia produtiva. O BB é um dos maiores financiadores do setor.

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