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Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4): A grande dúvida do mercado sobre os bancos em 2022

02 fev 2022, 12:14 - atualizado em 02 fev 2022, 12:14
Banco do Brasil
Corretora vê possível pressão sobre provisões e redução do crescimento de lucros de Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco. (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4) devem ter um cenário macro mais “desafiador” em 2022, por conta do baixo crescimento do PIB e Selic elevada, disse a Genial Investimentos nesta quarta-feira (2).

Para a corretora, a “grande dúvida” do mercado para 2022 e também o maior risco para a tese de bancos é a inadimplência. A Genial pondera que por enquanto os índices de inadimplência estão em níveis muito controlados, abaixo de valores pré-pandêmicos.

“No entanto, com a elevação das taxas de juros e endividamento das famílias em níveis recordes, podemos ver uma elevação substancial da inadimplência ao longo do ano”, diz trecho do relatório assinado por Eduardo Nishio, Bruno Bandiera e Guilherme Vianna.

O cenário poderia levar, diz a Genial, a uma pressão sobre provisões e redução do crescimento de lucros de Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco.

O endividamento das famílias atingiu 51,2% em outubro, maior patamar desde que o indicador passou a ser medido em 2005. O endividamento das famílias se refere aos empréstimos em relação a renda de 12 meses.

“Ademais, a alta dos juros em um primeiro momento deve pressionar o custo de funding e gestao de ativos e passivos (ALM), resultando em uma retração da margem com o mercado”, diz a corretora.

Para a Genial, os bancos podem não ser um bom veículo para surfar a alta de juros no curto prazo, como é de praxe concebido pelos investidores em países desenvolvidos.

“Geralmente os bancos operam bem em cenário de juros altos, mas existe um período transitório, que às vezes, pode levar um tempo”.

A corretora diz que a indústria de seguros surfará a dinâmica de alta de juros mais rápido que o setor bancário, reforçando a visão positiva de Bradesco, que tem um terço do lucro vindo de seguros. A Genial tem recomendação de “comprar” para o banco, com preço-alvo de R$ 29,60.

Para o Santander, que também tem recomendação de compra, o preço-alvo é de R$ 40,60. Genial também tem recomendação de compra para Itaú, com preço-alvo de R$ 31,70, e “manter” como recomendação para Banco do Brasil, com estimativa de R$ 34,30.

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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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