Banco do Brasil (BBAS3) deve lucrar R$ 8,5 bilhões no 1T23; veja projeções do Santander
O lucro do Banco do Brasil (BBAS3) deve crescer 28% no primeiro trimestre de 2023, somando R$ 8,49 bilhões, de acordo com projeções da equipe do Santander. A expectativa dos analistas é de que o banco reporte números “sólidos” no período.
O resultado efetivo será divulgado nesta segunda-feira (15) após o fechamento do pregão local. Para o Santander, a expectativa é de que o BB se beneficie de um crescimento “saudável” dos empréstimos e de uma melhorias nas margens, devido aos maiores rendimentos do crédito.
Além disso, os analistas afirmam que a inadimplência não deve ter sido um problema para a banco no período.
Já para o ano fiscal de 2023, os analistas estimam um lucro de R$ 35,6 bilhões para o Banco do Brasil. Eles destacam que pode haver aumento nas projeções atuais se as expectativas para o primeiro trimestre se concretizarem.
O Santander mantém uma visão “construtiva” sobre a banco público e reitera classificação de outperform para BBAS3. Ou seja, a ação tem potencial de desempenho acima do esperado pelo mercado. “Banco do Brasil é a nossa primeira escolha entre as empresas sob nossa cobertura”, destacam.
O que esperar do Banco do Brasil no 1T23?
Os analistas do Santander afirmam que o mercado pode esperar bons números em relação aos empréstimos do Banco do Brasil. A empresa deve reportar mais um trimestre de “crescimento saudável” dos empréstimos, em 12,7% na comparação anual.
Eles esperam que o agronegócio seja, mais uma vez, o principal destaque do período. Isso porque o banco vem reduzindo a exposição a linhas de crédito mais arriscadas e aumentando os spreads para o segmento de grandes empresas.
Em relação às receitas, banco deve reportar um crescimento também “saudável” na margem financeira (MFB), de cerca de 38%. Os números de beneficiam de maiores rendimentos de crédito e ganhos positivos de tesouraria, afirmam os analistas.
As despesas devem ficar dentro da orientação da administração de crescimento de 7% a 11% — o Santander estima alta de 9%.
Já do lado negativo do balanço, na carteira de crédito, é estimada uma “leve deterioração” de 10 pontos percentuais (p.p.), motivada pela queda de 20 p.p. na carteira de pessoas físicas e no segmento large corporate.
Os analistas acreditam que a combinação da piora do ambiente econômico e da deterioração da carteira de crédito leve a um aumento de provisões de 88% em relação a 2022. O Banco do Brasil constituiu provisões abaixo da média no ano passado.