Banco do Brasil (BBAS3) deve lucrar quase R$ 9 bilhões no 3T23; analistas veem nova ‘pernada’ de alta das ações
O Banco do Brasil (BBAS3) entregar mais um trimestre positivo, com chances de apresentar o maior lucro do setor novamente, avaliam os analistas da Genial Investimentos. A companhia divulga o balanço do terceiro trimestre do ano (3T23) na quarta-feira (8), após o fechamento do mercado.
O banco deve reportar lucro de R$ 8,96 bilhões no período — o que representa um crescimento anual de 7,2%, estimam Eduardo Nishio e a equipe da Genial. “Nosso lucro leva a uma rentabilidade (ROE) de 21%, refletindo o momento de boa performance do BB”, dizem.
Os analistas ainda ressaltam que, nos últimos meses, o valor de mercado do banco não acompanhou as expectativas de lucro pelo mercado. Isso pode ser um interessante catalizador para a valorização das ações caso continue entregando bons resultados com fundamentos positivos.
A casa tem recomendação de compra para Banco do Brasil, com preço-alvo para o final de 2024 em R$ 64,90 — o que implica em potencial alta de 31% — e dividend yield robusto de 10,8%.
“Vemos os múltiplos do banco ainda em patamares muito atrativos, negociando a apenas 3,7x P/L 2024E e 0,8x P/VP 2023E”, dizem.
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O que esperar do Banco do Brasil no 3T23?
Para o terceiro trimestre, os analistas esperam que a carteira de crédito do Banco do Brasil apresente uma desaceleração anual devido a base comparativa alta do ano passado. Ainda assim, deve-se observar um crescimento atrativo, de 11%, impulsionado pelo agro.
A receita de juros (NII) deve continuar em patamares elevados, mas em desaceleração. A provisão para devedores duvidosos (PDD), por sua vez, deve ser impactada negativamente pelos créditos da Americanas. Já para as provisões líquidas de recuperação, espera-se um aumento menor devido ao Desenrola.
A margem financeira deve continuar com boa evolução anual, mas com desaceleração em relação ao trimestre anterior. “Estimamos uma expansão trimestral de 4,1%, puxada pela margem com clientes que deve ser beneficiada por spreads em níveis atrativos e um volume maior. Por outro lado, esperamos que a margem com mercado deve começar a desacelerar pela queda da taxa Selic”, dizem.
Já em relação às despesas administrativas, os analistas esperam uma expansão de 4,5%, impulsionadas principalmente pelo dissídio ocorrido no final de setembro.
Na linha de serviços, o banco deve ver uma estabilidade, chegando a R$ 8,5 bilhões, ainda pressionado pelo mercado de capitais mais fraco.