Banco do Brasil (BBAS3): BTG vê ação ultrapassando máxima histórica
O BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 61. Se os valores chegarem a esse nível, então a ação do banco ultrapassaria sua máxima histórica, quando atingiu R$ 54 em fevereiro de 2019.
De acordo com os analistas, liderados por Eduardo Rosman, o Banco do Brasil caminha para continuar a boa fase que o fez disparar 50% no acumulado do ano, “sem grandes motivos para acreditar que o ROE (retorno sobre o patrimônio) se deteriorará no curto prazo”.
“Ainda vemos a ação como atraente, embora naturalmente, após o desempenho de 50% no acumulado do ano, estejamos menos entusiasmados do que no início do ano”, destacam.
O BB é, junto com o Itaú (ITUB4), o top pick (favorito) do BTG Pactual.
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Plano Safra pode ajudar BB ainda mais
Os analistas notam que o BB está superando o mercado em termos de carteira de crédito, com crescimento de 18% no ano durante o primeiro trimestre, contra 12% do sistema bancário.
“O crescimento deve ser decente no segundo trimestre, perto da faixa superior do guidance para 2023 (+8-12%), o que atribuímos à sua maior exposição ao crédito rural, uma vertical que superou outros setores este ano, apesar da queda nos preços das commodities”, coloca.
Com o Plano Safra, lançado na última terça-feira (27) e considerado o maior da história, o BB vê mais linhas de crédito com custos de captação mais baixos, impulsionando a alta dos empréstimos e das margens.
“Apesar de ter 52% do mercado, recebeu menos de 50% das linhas do Plano Safra no ano passado. A avaliação do governo sobre a capacidade dos players de mercado em aplicar rapidamente recursos ao agronegócio torna o BB favorito para aumentar sua participação nas linhas de crédito do Plano Safra”, discorre.
O BB prevê ainda que o aumento das provisões para devedores duvidosos deverá ser compensado por uma margem de lucro mais forte, impulsionada pelo crescimento decente da carteira, maior volume de liquidez (impulsionando os resultados da tesouraria), efeito continuado da reprecificação da carteira e uma Selic mais alta.
“Dessa forma, o BB não espera mudanças em seu guidance de resultados para 2023. Em um cenário de queda dos juros, eles veem um impacto neutro no banco”, completam.