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Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) ou Santander (SANB11)? Qual ‘bancão’ vai se destacar no 3T23

17 out 2023, 16:56 - atualizado em 20 out 2023, 16:13
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Itaú e Banco do Brasil devem ser destaques do 3T23 e Santander e Bradesco ocuparão outra ponta, dizem analistas (Imagem: Flávya Pereira/ Money Times)

Os bancos brasileiros devem ver um alívio nos resultados do terceiro trimestre (3T23), avaliam analistas. Apesar disso, o mercado terá um déjà vu em relação aos ‘bancões’, com Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) sendo os destaques positivos e Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4) na outra ponta.

Bernardo Guttmann e a equipe da XP Investimentos avaliam as incertezas regulatórias e políticas que surgiram no trimestre podem ter afetado a ação dos preços do setor. No entanto, destacam que os fundamentos dos bancos seguem sólidos.

Além disso, os analistas ressaltam que as carteiras de crédito devem crescer de forma saudável e as taxas de inadimplência devem mostrar aumentos lentos, indicando um eventual pico.

Pedro Leduc e o time do Itaú BBA ainda afirmam que, após um fraco primeiro semestre fraco para as carteiras corporativas e individuais, a qualidade do crédito começará a melhorar nas linhas, apesar da persistente deterioração nas empresas.

Os bancões no 3T23

No geral, os analistas avaliam que, apesar da forte base de comparação, Banco do Brasil e Itaú devem manter a tendência positiva no crescimento da carteira de crédito e no aumento marginal das taxas de inadimplência. Tanto a XP quanto a BBA têm preferência por Banco do Brasil no setor.

Por outro lado, os analistas antecipam um 3T23 decepcionante para Santander e Bradesco. Ambos devem ser afetados por maiores provisão para devedores duvidosos (PDDs) e lucro líquido de juros (NII) com o mercado mais fracos.

Banco do Brasil

Os analistas da XP esperam que o crédito rural continue forte por mais um trimestre, apoiando um crescimento sólido na carteira de empréstimos.

Como resultado, eles esperam que o lucro líquido de juros aumente 21%, apesar de uma receita de tesouraria mais fraca.

A taxa de inadimplência deve permanecer estável em 2,7%, que ainda é a mais baixa entre os pares e reflete a natureza defensiva da carteira.

Em termos de lucro líquido de operações contínuas, a XP projeta R$ 9 bilhões para o trimestre, um aumento de 8%. O BBA é mais conservador e espera lucro de R$ 8,9 bilhões.

Itaú

O Itaú deve reportar um crescimento de um dígito na carteira de crédito, impulsionado por linhas de crédito relacionadas ao consumo, destaca a XP. O lucro de juros deve continuar a se beneficiar do aumento nessa carteira, com alta de 13%.

Além disso, os analistas esperam um aumento marginal na inadimplência, atingindo um nível ainda saudável de 3,1%.

O lucro líquido recorrente deve ser de R$ 9,1 bilhões no trimestre (+12%), resultando em um ROE de 21,9%. “No geral, não antecipamos nenhuma surpresa significativa no trimestre”, dizem Guttmann e equipe da XP.

Santander

Em relação ao Santander, a XP espera um aumento de 8,9% na carteira de crédito, já que o apetite de risco do banco continua limitado. O NII deve ter crescimento de 12%.

“Essa performance ainda é afetada negativamente por um NII mais baixo nas atividades de mercado, e a margem de NII no segmento de mercado deve equilibrar apenas em 2024″, avaliam os analistas da casa.

A inadimplência deve ser marginalmente menor, em 3,2%, levando a um lucro recorrente de R$ 2,5 bilhões e ROE de 11,8%.

Os analistas do BBA destacam que a recuperação do Santander deverá estar alguns passos à frente, mostrando sinais iniciais de crescimento em linhas de clientes mais arriscados e redução de NPL.

Bradesco

Para a XP, o Bradesco deve ver crescimento de 1,6% na carteira de empréstimos no trimestre. Já em relação ao NII, espera-se uma melhora mais significativa, de 10%, impulsionado por uma margem mais forte com os clientes.

Na frente de inadimplência, o banco deve atingir 6,2%, pelo segundo trimestre consecutivo, imprimindo um aumento mais lento.

Como resultado, o Bradesco deve relatar outro trimestre de queda no lucro líquido recorrente, -12%, e ROE de 11,7%.

O BBA destaca que, apesar de ser bem esperado, o escasso ROE e os lucros estáveis do Bradesco deverão sinalizar que o NII e a recuperação dos custos de crédito ficarão atrás dos de outros bancos.

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