Banco do Brasil (BBAS3): BofA acha barato e vê ‘pernada’ de quase 40%
O Bank of America mantém o otimismo com as ações do Banco do Brasil (BBAS3), mesmo com a disparada de 42% do papel no ano.
Para os analistas, o BB continua barato, negociado a 0,8x o P/BV (ação pelo valor patrimonial, em português), especialmente considerando a sólida dinâmica de lucros. O preço-alvo é de R$ 65, o que abre potencial de alta de 38% ante o último fechamento.
Os analistas do banco americano estiveram reunidos com investidores e a administração da estatal em Nova York e Boston, incluindo o CFO Geovanne Tobias e a head de RI Janaina Storti.
“No geral, saímos mais positivos em relação às tendências operacionais do BBAS, reforçados pelo compromisso em fornecer orientação para 2023 e pelo seu desejo de manter relacionamentos duradouros com os seus clientes, ao mesmo tempo que cresce a um nível sustentável”, discorrem.
Riscos que não saem da cabeça
Apesar disso, o BofA possui preocupações com a proposta do Governo Federal de acabar com os juros sobre o capital próprio, que agora deverá ser analisado pelo Congresso, além do teto da taxa de juros sobre empréstimos rotativos de cartão de crédito.
Os analistas calculam que o fim proposto do benefício fiscal do COI levaria a 10 pontos percentual o aumento na taxa efetiva de imposto do banco em 2024.
“No entanto, uma decisão final do Congresso poderia considerar alguns benefícios para os bancos que reduziriam a gravidade do impacto, especialmente porque o objetivo da reforma fiscal é simplificar o sistema fiscal e não aumentar os impostos para as empresas”, discorrem.
Além disso, as discussões sobre a implementação de um limite máximo para as taxas de juro sobre os saldos rotativos dos cartões de crédito continuam em curso, “embora o banco pareça ser menos vulnerável do que alguns dos seus pares”.