Os valores em questão foram aprovados no dia 7 de agosto, somando R$ 2,6 bilhões em proventos, sendo R$ 866 milhões em dividendos e R$ 1,7 bilhão em juros sobre o capital próprio, com posição acionária de 21 de agosto. As ações passaram a ser negociadas a “ex” a partir de 22 de agosto de 2024.
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Dividendos do Banco do Brasil podem cair com aumento de provisão?
O Banco do Brasil divulgou os resultados do segundo trimestre com lucro de R$ 9,7 bilhões, acima das expectativas.
Com ele, contudo, a instituição também trouxe uma notícia que, a primeira vista, parece preocupante, com a revisão do seu guidance prevendo gastos maiores com provisões, saindo da faixa de R$ 30 bilhões a R$ 27 bilhões para R$ 31 bilhões a 34 bilhões em 2024.
No primeiro semestre, o banco provisionou R$ 16,3 bilhões. Essa piora já era esperada por analistas e havia sido alertada pelo próprio BB.
Mas esse aumento pode, de alguma forma, afetar a remuneração de acionistas?
Questionado pelo Money Times em teleconferência de resultados, o diretor de relações com investidores, Geovanne Tobias, afirmou que não. Ele diz que o aumento das provisões será compensado pela elevação das margens financeiras, que passou de 7% a 11% para de 10% a 13%.
“Acreditamos que entregando o lucro que propomos no guidance, os dividendos não vão ser impactados, mesmo com o aumento das provisões. É importante que o aumento da provisão está sendo contrabalançado com o aumento dos negócios”, disse.
Ele defendeu ainda que as provisões são muito pontuais para determinados segmentos e linhas e não é algo generalizado. “Desde o início, eu falei, está sob controle. Então, os acionistas podem ficar tranquilos, não vamos ter nenhum impacto negativo nos dividendos que vamos pagar para eles ao longo de 2024″, completou.
*Com Renan Dantas