Banco do Brasil (BBAS3) amarra resultados do 4T23 entre os bancões com possibilidade de mais dividendos; veja expectativas
O Banco do Brasil (BBAS3) é o último grande banco a reportar os resultados do quarto trimestre de 2023. Após um desempenho misto, com Itaú (ITUB4) agradando, mas Santander Brasil (SANB11) e Bradesco (BBDC4) deixando um gostinho amargo, os investidores devem olhar para o que a estatal tem a entregar nesta quinta-feira (8) à noite, após o fechamento do mercado.
Novamente, em conjunto com o Itaú, o BB deve se posicionar como um dos destaques positivos do setor bancário na temporada.
Na avaliação do Itaú BBA, o Banco do Brasil deve entregar mais um balanço de números sólidos, com lucro líquido esperado de R$ 9,1 bilhões e ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 21%.
O BBA espera um aumento das despesas com provisões de crédito, mas um NII (receita líquida de juros) maior deve compensar a linha, afirma.
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A Genial Investimentos também tem expectativa de lucro de R$ 9,1 bilhões, um movimento considerado “lateralizado” em base anual e que, segundo a corretora, pode ser atribuído a três eventos na categoria de “outras receitas/despesas” que ajudaram o quarto trimestre de 2022:
- bônus e incentivos de bandeiras operadas pelo BB;
- reversão de provisão de impairments; e
- desempenho de empresas controladas não financeiras.
“Apesar da lateralização anual, nosso lucro leva a uma rentabilidade (ROE) de 21%, refletindo o bom momento do BB nesse ciclo de crédito, suportada por uma carteira de crédito mais defensiva”, afirma.
No ano cheio de 2023, o Banco do Brasil deve apontar lucro de R$ 35 bilhões, no ponto médio do guidance, com ROE de 20,7%, acrescenta a Genial.
“Esse desempenho supera significativamente vários bancos privados e representa uma notável melhoria em relação aos 8,5% reportados em 2016.”
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Banco do Brasil tem espaço para mais dividendos?
Na avaliação da Genial, o Banco do Brasil, que atualmente conta com um payout de 40%, tem gás para entregar mais dividendos.
“Com um sólido índice de capital principal de 12,5%, notavelmente superior ao requisito mínimo de 8%, e sustentando uma rentabilidade consistente, acreditamos que o banco possui espaço para um incremento estrutural no pagamento de dividendos”, defende.
De acordo com a Genial, a ideia também é sustentada pelo anúncio de que o aumento do risco operacional no índice de Basileia prevista para 2025 foi menor do que o esperado, com previsão de uma implementação gradual ao longo de quatro anos (2025-2028).
Segundo os analistas, a adoção do faseamento da resolução 229 de aumento de Basileia do Banco Central, combinada ao bom desempenho que o banco vem entregando, pode fazer com que o banco tenha capital suficiente para aumentar o payout.
Na expectativa pelo guidance da política de distribuição de dividendos, o BBA acha que o BB pode aumentar o payout dos atuais 40% para 50%.
Crescimento deve seguir a todo vapor em 2024
Segundo a Genial, o crescimento de lucro deve continuar em 2024, no patamar de +10% em base anual.
As provisões devem se mostrar estáveis, ao passo que o NII continuará atrativo, apesar da desaceleração esperada.
Para 2024, a corretora estima um lucro de R$ 38,6 bilhões, com ROE de 20,6%.