Banco do Brasil (BBAS3) ainda é o queridinho do setor depois do 1T23?
Os resultados do Banco do Brasil (BBAS3) vieram em linha com o esperado pelo mercado no 1T23. O banco registrou um lucro líquido ajustado de R$ 8,5 bilhões, o que representa alta de 29% ante o mesmo período do ano passado.
O número veio um pouco acima das projeções da equipe do Santander, que calculavam um crescimento de 28% no período, somando R$ 8,49 bilhões. Assim como o Itaú BBA, que esperava um lucro de R$ 8,4 bilhões.
Para Pedro Leduc e equipe de analistas do BBA, o Banco do Brasil apresentou “o melhor conjunto de resultados em nossa cobertura de grandes bancos nesta temporada”.
Além disso, os resultados do banco no período confirmam a perspectiva positiva do BBA para o banco público ao longo do ano. Os analistas reiteraram a avaliação “outperform” para as ações, com um preço-alvo de R$ 48.
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O BTG Pactual também enxerga o resultado final do BB como “o melhor bottom line” da sua cobertura no setor. O termo se refere à última linha do balanço, quando apresenta o lucro (ou prejuízo) no período.
Aliás, os analistas do BTG avaliam que o “primeiro trimestre sazonalmente fraco” sugere que o BB entregará ganhos próximos ao topo da faixa de guidance. Contudo, a “grande preferência” do BTG pelo banco sobre seus pares privados “não é a mesma do início do ano”, ressaltam.
Destaques do trimestre
Para a Genial Investimentos, o trimestre do Banco do Brasil foi marcado por um forte crescimento da margem financeira (NII) de 38% no ano, bem acima do topo do guidance.
Além disso, Eduardo Nishio e equipe de analistas ressaltaram que a carteira de crédito expandida cresceu 17,9%, acima do guidance de 2023 de 8% a 12%.
O destaque foi a carteira de agronegócio, que continua crescendo em ritmo acelerado de 26,7% no ano, “mas que deve desacelerar até o fim do ano”, pontuam.
Do lado negativo, a Genial avalia que as provisões de crédito ampliadas de R$ 5,9 bilhões “continuam em patamares elevados” e o banco deve terminar o ano na faixa mais alta do guidance de R$ 19 bilhões a R$ 23 bilhões.
Além disso, o índice de cobertura caiu substancialmente no trimestre. Contudo, os analistas explicam que quase metade da queda pode ser explicada por um reperfilamento de uma dívida bancária 100% provisionada de R$ 2,55 bilhões em uma debenture.
A Genial segue “otimista com os fundamentos do Banco do Brasil”, e reiterou a recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 55,70.