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Banco do Brasil (BBAS3): A receita para aumentar os dividendos, segundo o CEO

15 fev 2022, 11:14 - atualizado em 15 fev 2022, 14:05
Fausto de Andrade Ribeiro
Banco do Brasil vai atuar com mais ênfase no cartão de crédito e buscar soluções para melhoraria da margem. (Imagem: Linkedin/ Fausto de Andrade Ribeiro)

O Banco do Brasil (BBAS3) espera gerar mais retorno aos acionistas, para um patamar próximo ao de pares privados, investindo em linhas mais rentáveis, disse o CEO da instituição, Fausto Ribeiro. O retorno é feito por meio do pagamento de dividendos.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) do banco atingiu 16,3% no quarto trimestre, um avanço de 5,5 pontos percentuais na base anual, mas ainda abaixo dos concorrentes — que têm a linha no patamar de 20%.

“Temos solução que vai nos permitir atuar em mar aberto, com CDC [Crédito Direto ao Consumidor] não consignado, por exemplo”, disse o executivo nesta terça-feira (15) em coletiva de imprensa.

Segundo Ribeiro, o Banco do Brasil vai atuar com mais ênfase no cartão de crédito e buscar soluções para melhoraria da margem financeira.

A carteira de crédito do banco terminou o ano passado em R$ 874,9 bilhões, crescimento de 17,8% na base anual, e as despesas administrativas totalizaram R$ 8,5 bilhões no trimestre.

“A gente consegue fazer um trabalho mais forte para reduzir despesas de captação”, comentou o CEO do banco.

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Efeito Pix

Ribeiro ponderou que, de forma geral, os bancos perderam “algumas receitas” por conta do Pix e disse que a dinâmica causa um “desenquadramento” da receita. “A gente vem buscando enquadrar o conjunto de serviços a essa nova realidade”.

“A gente está buscando suprir essa perda de receita com outros serviços, com assessoria mais forte, gerando mais valor agregado ao cliente”, comentou. “A perda de receita com Pix será compensada com outras linhas”.

No ano passado, as receitas da empresa com as tarifas de conta corrente recuaram 17,2%. No período, o o lucro do banco atingiu recorde de R$ 21 bilhões, beneficiado por menores despesas com provisões de crédito, que caíram 40,2%

No quarto trimestre, o Banco do Brasil registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões, salto de mais de 60% sobre um ano antes e acima do previsto pelo mercado.