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Banco de Montreal contrata médico para criar plano pós-pandemia

02 maio 2020, 16:02 - atualizado em 30 abr 2020, 16:58
Grandes bancos do Canadá recorreram a especialistas médicos externos durante a crise para ajudar a orientar a estratégia em uma área muito distante das questões financeiras que estão acostumados a enfrentar (Imagem: Wikimedia Commons)

Há um médico no pedaço, e o Banco de Montreal agora o consulta para desenvolver o plano pós-pandemia.

Dominik Nowak, de 28 anos, foi contratado no mês passado como assessor-médico chefe do banco canadense para ajudar a administrar o surto de Covid-19.

Ele tem orientado executivos sobre como enfrentar a crise enquanto oferece conselhos sobre distanciamento social, trabalhar em casa e proteger caixas do vírus altamente contagioso.

Com o pico da pandemia e empresas estudando os próximos passos, o Banco de Montreal conta com ele e sua equipe para obter conhecimentos médicos.

“Nosso trabalho está longe de terminar”, disse Nowak em entrevista. “A estratégia de planejamento antecipado do Banco de Montreal em toda a organização realmente terá que ser conduzida através de lentes médicas, assim como conduzimos a estratégia inicial de pandemia.”

Grandes bancos do Canadá recorreram a especialistas médicos externos durante a crise para ajudar a orientar a estratégia em uma área muito distante das questões financeiras que estão acostumados a enfrentar.

O Royal Bank of Canada, por exemplo, trabalha com um consultor como diretor médico e o Toronto-Dominion Bank contratou um especialista externo para a função de diretor médico.

O Banco de Montreal conta com o apoio de Nowak, que teve um consultório em Toronto por quase dois anos e é membro do corpo docente da Universidade de Toronto e da Universidade McMaster, onde recebeu seu diploma de médico em 2016.

O consultor está ajudando executivos do alto escalão do Banco de Montreal a navegar no que chama de “águas desconhecidas” na elaboração de uma estratégia para voltar à normalidade, seguindo as diretrizes de saúde pública.

“Há muita incerteza”, disse Nowak. “No momento, estamos pensando em como o mundo poderia estar naquele período de três, seis, 12, 24 meses – e vários anos depois – e pensando no que seria necessário para manter as pessoas seguras durante esse tempo.”