Banco da Inglaterra entre instituições que não cumpriram metas de gênero em 2020
O Banco da Inglaterra e a Autoridade de Conduta Financeira estão entre dezenas de organizações que não cumpriram a meta de promover mais mulheres para cargos de chefia no Reino Unido no ano passado.
Quarenta e quatro organizações, que incluem o Lloyds Banking e o UBS, não cumpriram as promessas para promover mulheres no setor de finanças sob um programa do Tesouro do Reino Unido, de acordo com a quarta revisão anual publicada na quarta-feira. A BlackRock por pouco não atingiu sua meta de 30% no fim de 2020, mas que foi alcançada no início de 2021, disse o relatório.
Os primeiros signatários da carta tinham até o final de 2020 para assegurar que 30% dos altos cargos fossem ocupados por mulheres, embora algumas organizações estabeleçam metas mais ambiciosas, incluindo o BOE, a Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês) e o Lloyds.
A Covid-19 foi um dos motivos mais citados por não atingir esses objetivos. As empresas também citaram reestruturações e a desaceleração das contratações, principalmente nos cargos de chefia.
Dos 209 signatários analisados no relatório, 37 – incluindo a Schroders e o próprio Tesouro britânico – cumpriram as metas para 2020. Barclays e Aviva estão entre os 35 que atingiram as metas antes do prazo. Do restante, cerca de 80% disseram que estão no caminho para cumprir prazos posteriores.
“Vemos um progresso notável desde 2016”, disse Catherine McGuinness, que preside o comitê de políticas da City of London Corp., uma das patrocinadoras do relatório. “No entanto, mais precisa ser feito.”
O relatório é parte de várias iniciativas para aumentar a diversidade em finanças. Nikhil Rathi, CEO da FCA, disse em discurso que as empresas que pretendem estrear na Bolsa de Londres podem enfrentar novas exigências sobre a diversidade dos conselhos.