Mercados

Banco Central vende US$ 465 milhões em 2º leilão de dólar à vista da sessão

09 mar 2020, 16:14 - atualizado em 09 mar 2020, 16:14
O BC não limitou a oferta neste segundo leilão, determinando apenas um valor de 1 milhão de dólares como lote mínimo (Imagem: Flickr/Banco Central)

O Banco Central vendeu mais 465 milhões de dólares nesta segunda-feira em moeda à vista, depois de mais cedo ter colocado 3 bilhões de dólares spot em apenas um leilão, quantia elevada da oferta original de 1 bilhão diante da extrema volatilidade nos mercados globais por causa do petróleo e do coronavírus.

O segundo leilão do BC foi anunciado às 15:21:37, depois que o dólar voltou a acelerar a alta e bateu 4,7801 reais na venda enquanto as praças financeiras internacionais aprofundavam as perdas.

O BC não limitou a oferta neste segundo leilão, determinando apenas um valor de 1 milhão de dólares como lote mínimo.

Às 15:48, o dólar avançava 2,35%, a 4,7434 reais na venda.

Na máxima da sessão, alcançada às 9h15, a cotação foi a 4,7950 reais na venda, novo recorde intradiário.

O dólar futuro negociado na B3 (B3SA3) tinha um salto de 2,45%, a 4,7485 reais, após bater 4,7990 reais no pico.

Os leilões no mercado à vista marcam uma mudança na estratégia de intervenção da autoridade monetária, que até então vinha ofertando apenas contratos de swap cambial tradicional –que injetam dólares no mercado futuro. Na semana passada, o BC vendeu 5 bilhões de dólares nesses ativos.

Em evento em São Paulo nesta segunda, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse que a instituição atuará no mercado de câmbio com instrumentos e montante necessários para acalmar o mercado e promover a funcionalidade das operações.