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Banco Central vai intervir no câmbio; o que esperar do Ibovespa (IBOV)

02 abr 2024, 8:09 - atualizado em 02 abr 2024, 8:09
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Morning Times: Essa será a primeira vez que o Banco Central faz uma intervenção no câmbio desde o início do terceiro mandato de Lula. (Imagem: Rodrigo Oliveira/Caixa Econômica Federal via Agência Senado)

O Banco Central anunciou que irá realizar um leilão adicional de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional nesta terça-feira (2), o que equivale a US$ 1 bilhão. O objetivo é a manutenção do funcionamento regular do mercado de câmbio.

Ontem, o dólar disparou 0,8% e fechou em R$ 5,059. Trata-se da maior cotação dos últimos seis meses, puxada pelas incertezas sobre a economia americana.

Segundo especialistas, a alta foi puxada, principalmente, por falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, de que a instituição espera que a inflação ceda, mas que se isso não ocorrer, as taxas de juros nos EUA serão mantidas onde estão por mais tempo.

O swap cambial é usado nesses casos de avanço da moeda americana para reduzir a exposição da economia brasileira à flutuação do dólar.

No entanto, o BC destacou que esse movimento é “resultante dos efeitos do resgate de NTN-A3 (Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3) em 15/4/2024”. Ou seja, o Banco Central não está colocando a culpa nos Estados Unidos.

Essa será a primeira vez que a autoridade monetária faz uma intervenção no câmbio no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde dezembro de 2022, o Banco Central estava apenas promovendo a rolagem de linhas e do estoque de swaps cambiais.

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) fechou em queda, sendo puxado pela baixa de Wall Street. O IBOV não teve forças para se sustentar, mesmo com a alta das ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4). O índice fechou em baixa de 0,87%, a 126.990,45 pontos.



A agenda brasileira de eventos econômicos segue sem grandes destaques, deixando o Ibovespa à mercê do mercado internacional. O EWZ, principal ETF de ações brasileiras negociado no mercado americano, opera no positivo nesta manhã, subindo 0,50%.

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O que esperar das bolsas internacionais

Hoje, sai o primeiro indicador de emprego da semana: o JOLTs. Os dados podem ser vistos pelos investidores como uma prévia do que será visto na sexta-feira, com o payroll.

Além disso, quatro dirigentes do Fed (Michelle Bowman, John Williams, Loretta Mester e Mary Daly) têm discursos marcados para o longo do dia.

As bolsas asiática fecharam em alta após as ações da Xiaomi com o lançamento do seu carro EV. Por outro lado, o mercado europeu opera sem direção definida, com os futuros de Wall Street amanhecendo no negativo.

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Morning Times: Confira os mercados na manhã desta terça-feira (02)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: +0,09%
  • Hong Kong/Hang Seng: +2,36%
  • China/Xangai: -0,08%

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: +0,28%
  • Frankfurt/DAX: -0,17%
  • Paris/CAC 40: +0,04%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: -0,33%
  • S&P 500: -0,25%
  • Dow Jones: -0,37%

Commodities

  • Petróleo/Brent: +1,64%, a US$ 88,87 o barril
  • Petróleo/WTI: +1,84%, a US$ 85,25 o barril

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): -5,23%, a US$ 65.930
  • Ethereum (ETH): -6,24%, a US$ 3.325

Boa terça-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!