Banco Central sinaliza nova alta na Selic
O mercado pode se preparar para mais um reajuste na taxa de juros. O Banco Central indicou que a Selic terá um reajuste igual ou menor magnitude na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 02 e 03 de agosto.
Na semana passada, o BC elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para de 12,75% para 13,25% ao ano. Ou seja, a Selic pode ficar entre 13,5% e 13,75%.
“Dada a persistência dos choques recentes, o Comitê avaliou que somente a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente longo não asseguraria, neste momento, a convergência da inflação para o redor da meta no horizonte relevante. O Comitê optou então, por sinalizar, um novo ajuste de igual ou menor magnitude”, diz a ata publicada nesta terça-feira (21).
O Banco Central afirma que essa é essa estratégia de aperto monetário é a mais adequada para garantir o controle da inflação a longo prazo. Em maio, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 11,73% em 12 meses – muito acima da meta de 3,50% e do teto de 5%.
Retrospectiva
O ciclo de altas do BC começou em março de 2021, quando elevou a Selic em 0,75 pp. Na época, a taxa estava em seu menor patamar, de 2% aa, no qual permaneceu por sete meses.
De lá para cá, foram 11 revisões, sendo que as mais agressivas aconteceram no começo do ano: entre fevereiro e maio, foram três reajustes de 1 pp cada.
A taxa atual é a mais alta desde fevereiro de 2017, quando a Selic estava em 13%.
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