Banco Central reduz aposta da inflação estourar o teto da meta em 2023; confira
O Banco Central afirma que a possibilidade de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superar o teto da meta de inflação (4,75%) neste ano caiu.
Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (21), a probabilidade passou de cerca de 67% em setembro para 17%. Para 2024, a chance de estouro do limite passou de 24% para 23%.
A autoridade monetária destaca que as projeções de inflação tiveram queda para 2023, manutenção para 2024 e
pequena elevação para 2025 e 2026. “Essa alteração reflete a queda na projeção para 2023 (de 5,0% para 4,6%) e a redução da incerteza associada a um horizonte mais curto de projeção”, diz o documento.
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Entre os fatores que levam a revisão para cima estão o aumento do ICMS sobre combustíveis, a partir de fevereiro de 2024; os efeitos do fenômeno El Niño; e indicadores de atividade econômica mais fortes do que o esperado.
Já os principais fatores de revisão para baixo são a inflação menor do que a esperada e seus efeitos inerciais; queda do preço do petróleo e das commodities em geral; trajetória levemente mais alta da taxa Selic na pesquisa Focus; e o aumento da incerteza econômica, medido pelo Indicador de Incerteza da Economia – Brasil (IIE-Br).
A projeção do BC aponta para uma alta na inflação de 4,6% em 2023 e 3,5% no ano que vem. Já para 2025 e 2026, eles estimam 3,2%.
PIB de 2023 é revisado para cima
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o Banco Central melhorou sua estimativa de crescimento em 2023 para 3%, de 2,9% estimados em setembro. A autoridade também revisou a projeção para a economia brasileira em 2024 de 1,8% para 1,7%.
“O cenário prospectivo inclui aumento do ritmo de crescimento ao longo do próximo ano, com moderação do consumo das famílias, retomada dos investimentos, e manutenção de um balanço favorável nas contas externas”, aponta o documento.