Economia

Banco Central pode interferir no dólar? Haddad diz que autoridade tem autonomia para ‘atuar como entender’

03 jul 2024, 16:07 - atualizado em 03 jul 2024, 16:07
haddad lula dólar
Haddad diz que Banco Central tem autonomia para ‘atuar como entender’ no dólar (Imagem: Adriano Machado/Reuters)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (3) que o Banco Central (BC) tem autonomia para “atuar como entender conveniente” no câmbio.

“Não existe outra orientação”, constatou a jornalistas no Planalto, após o lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar.

O ministro também disse acreditar que o dólar irá se acomodar em razão de “tudo o que nós estamos fazendo e entregando”.

Haddad tem reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os demais ministros da área econômica hoje às 18h (horário de Brasília) para discutir a alta da moeda-norte americana.

Em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador, ontem (2), Lula afirmou que a disparada do câmbio preocupa e é preciso “fazer alguma coisa” para contê-la. “É uma especulação, há um jogo de interesses especulativos contra o real nesse país”, declarou.

O presidente evitou dizer as medidas que serão tomadas para conter a valorização, porque senão estaria alertando os adversários. Ele mencionou, no entanto, que deve revisar os gastos do governo com Haddad.

Disparada do dólar

Depois de renovar a máxima do ano, a R$ 5,70, o dólar à vista (USDBRL) perde forças em relação ao real e opera abaixo de R$ 5,60 na sessão desta quarta. Ainda assim, a moeda norte-americana acumula alta de 15% no ano.

Nos últimos dias, a briga travada entre Lula e o BC foi o motivo para a valorização do dólar ante o real.

Hoje, as declarações do chefe do Executivo também é motivo para o enfraquecimento da divisa norte-americana. Lula disse hoje que a responsabilidade fiscal será seguida à risca e Haddad confirmou o compromisso de vida do presidente.

“Aqui nesse governo, a gente aplica o que é necessário, mas não jogamos dinheiro fora. Responsabilidade fiscal não é uma palavra, mas um compromisso que será mantido a risca”, disse Lula.

*Com Liliane de Lima e Reuters

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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