Banco Central pode fazer as pazes ou rachar ainda mais com o governo: Veja o que movimenta a terça-feira (28)
Chegou o grande dia: o Banco Central divulga a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada. Dependendo que como vier o texto, a relação entre o governo e autoridade monetária pode ser decretada como acabada.
No comunicado de manutenção da Selic em 13,75% ao ano, o Copom deixou claro que, se depender dele, a taxa básica de juros seguirá em um patamar alto por um bom tempo. O Banco Central afirma que as expectativas de inflação a longo prazo estão desancoradas. Além disso, o BC destacou que a falta do arcabouço fiscal também é um problema.
O governo não gostou do tom usado pelo Banco Central. Vale destacar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou guerra contra a autoridade monetária, questionando a sua autonomia e a lealdade de Roberto Campos Neto.
Na ata de hoje, o Banco Central pode tentar ajustar o tom para um mais conciliador, assim como fez na ata de fevereiro. Agora, se a ata vier mais dura, a discussão sobre as metas de inflação deve voltar com tudo.
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Confira a agenda econômica desta terça-feira (28)
Horário | País | Indicador |
08h | Brasil | Ata do Copom |
08h | Brasil | Receita Tributária Federal (fevereiro) |
11h | EUA | Confiança do consumidor (março) |
Política
Lula segue de repouso após o diagnóstico com uma pneumonia leve, que levou ao adiamento da viagem à China. Ele não tem nada marcado em sua agenda para hoje.
Enquanto isso, ministro Fernando Haddad finaliza as negociações da nova regra fiscal ao longo da semana e pode apresentar o substituto do teto de gastos já nos próximos dias. Isso facilitará a vida do Ministério do Planejamento, que precisa enviar para o Congresso o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) até o dia 15 de abril e poderá se basear já na regra nova.