Banco Central mais perto de abrir a pasta do “Plano B”
A continuada queda nas projeções para a inflação e o desempenho da economia em 2017 podem abrir o caminho para o “Plano B” do Banco Central. Ou seja, acelerar os cortes esperados de 0,5 ponto percentual da Selic para um ritmo de 0,75 p.p. O relatório Focus do Banco Central divulgado hoje mostra a persistência da queda nas expectativas para o IPCA (4,9%) e PIB (0,7%).
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Em discurso hoje em São Paulo, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, reiterou que o a instituição é “é sensível ao nível de atividade” e que leva em consideração essa informação no processo decisório.
“Em primeiro lugar, a atividade econômica é uma das variáveis incluídas nos seus modelos proprietários, e, por isso, ela afeta suas projeções de inflação. Segundo, a queda na atividade econômica é vista como um custo da desinflação e é levada em consideração nas decisões de política econômica. Essa ponderação é, inclusive, um princípio: a “flexibilidade” nos regimes de metas para inflação. E esse princípio também se aplica ao regime brasileiro”, disse Goldfajn.
Planos
O economista-chefe do banco Safra, Carlos Kawall, reiterou hoje a estimativa abaixo do consenso para o juro a 9,75% até o final do ano que vem. “Em relação ao ritmo de afrouxamento, o plano A do Copom parece ser nesse momento um corte de 50 pb na reunião de janeiro, nosso call. Se, no entanto, persistirem os riscos de contração do PIB em 2017, sugerindo continuidade da recessão, não descartamos uma intensificação do corte para 75 pontos”, explica o banco.