Banco Central Europeu reduz suporte mas não sinaliza fim do estímulo
O Banco Central Europeu (BCE) reduzirá ligeiramente suas compras de títulos de emergência ao longo do próximo trimestre, disse a autoridade monetária nesta quinta-feira, dando um passo simbólico para desfazer a ajuda econômica de emergência que sustentou o bloco durante a pandemia.
No entanto, o movimento foi modesto e o BCE não deu nenhum sinal de seu próximo movimento, incluindo como desfazer o Programa de Compra de Emergência da Pandemia (PEPP) de 1,85 trilhão de euros, que manteve os custos de empréstimos baixos para governos e empresas.
Sob o PEPP, o BCE vai comprar títulos a um ritmo moderadamente menor nos próximos três meses do que os 80 bilhões de euros por mês que comprou nos dois trimestres anteriores.
“O Conselho julga que condições favoráveis de financiamento podem ser mantidas com um ritmo moderadamente mais lento de compras de ativos sob o Programa de Emergência da Pandemia do que nos dois trimestres anteriores”, disse o BCE em comunicado.
Nos últimos dois trimestres, o banco comprou cerca de 80 bilhões de dólares em dívida por mês. O BCE não deu um número para os próximos três meses, mas analistas previam antes da reunião que as compras cairia para entre 60 bilhões e 70 bilhões de euros.
Destacando a cautela das autoridades, o banco também manteve a antiga promessa de aumentar o estímulo se os mercados e as condições de financiamento exigirem.
O banco acrescentou que comprará títulos com flexibilidade, de acordo com as condições de mercado, procurando evitar um aperto nas condições de financiamento incompatível com seu objetivo de inflação.