Bancos

Banco Central Europeu deve reforçar estímulo em meio à recuperação frágil

04 set 2020, 13:35 - atualizado em 04 set 2020, 13:35
BCE Banco Central Europeu
O Conselho do BCE não deve mexer na política monetária quando se reunir virtualmente na próxima quinta-feira (Imagem: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

O Banco Central Europeu deve reforçar a resposta à crise no final deste ano, de acordo com economistas, pois a recuperação frágil e o euro mais forte ameaçam intensificar a queda de preços.

A maioria dos entrevistados em uma pesquisa da Bloomberg espera aumento até dezembro do programa da pandemia de compra de títulos atualmente em 1,35 trilhão de euros (US$ 1,6 trilhão), com previsão mediana de 350 bilhões de euros.

O Conselho do BCE não deve mexer na política monetária quando se reunir virtualmente na próxima quinta-feira. Mas alguns analistas esperam que a presidente da instituição, Christine Lagarde, sinalize mais medidas no futuro.

Embora a recuperação da recessão causada pelo coronavírus tenha sido forte até agora, uma série de problemas afeta as perspectivas. As infecções aumentaram com as viagens de verão e menos restrições, e indicadores sugerem que a economia começa a perder força.

Números divulgados na sexta-feira mostram que os pedidos às fábricas na Alemanha, um sinal de produção futura na maior economia da região, tiveram forte desaceleração em julho.

Em outro sinal preocupante para as autoridades monetárias, a zona do euro registrou deflação no mês passado pela primeira vez em quatro anos, e o núcleo da inflação atingiu uma mínima histórica.

O BCE deve publicar novas previsões na próxima semana, que ajudarão a determinar quanto estímulo a economia ainda precisa.

“Os dados têm sido bons o suficiente para não justificar qualquer nova ação de política em setembro, mas a incerteza sobre o vírus, sobre o crescimento e a trajetória da inflação permanece”, disse Bas van Geffen, analista quantitativo do Rabobank. “O BCE vai reconfirmar que continua pronto para ajustar a política como e quando necessário.”

BCE Banco Central Europeu
O BCE deve publicar novas previsões na próxima semana, que ajudarão a determinar quanto estímulo a economia ainda precisa (Imagem: Unsplash/@maurosbicego)

A maioria dos economistas entrevistados espera que o programa de compra da pandemia seja estendido por seis meses, até o fim de 2021.

Os entrevistados também disseram que o BCE vai disponibilizar cerca de 210 bilhões de euros a mais até março por meio de seus vários programas de empréstimos bancários.

As taxas de juros devem permanecer inalteradas pelo menos até o fim de 2022. A taxa básica atualmente está em -0,5%.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar