Câmbio

Banco Central está preparado para atuar mais forte no câmbio a qualquer momento

08 abr 2020, 11:53 - atualizado em 08 abr 2020, 15:21
Dólar Câmbio
Campos Neto frisou que o câmbio é flutuante e que o BC entende que as intervenções têm sido feitas de forma apropriada (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira que a autoridade monetária está preparada para atuar a qualquer momento muito mais forte em suas intervenções cambiais caso considere que isso seja necessário.

Em evento virtual promovido pelo banco Credit Suisse, Campos Neto frisou que o câmbio é flutuante e que o BC entende que as intervenções têm sido feitas de forma apropriada até o momento, mas ressaltou que o país tem reservas internacionais expressivas que podem ser usadas.

“Estamos preparados, as reservas são grandes”, afirmou.

Roberto Campos Neto
“Estamos preparados, as reservas são grandes”, afirmou Campos Neto (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

“Temos atuado e podemos, a qualquer momento, atuar muito mais forte do que temos atuado até então.”

Apesar de parte do mercado advogar a favor de programas mais agressivos, com vendas estruturadas no câmbio, Campos Neto ressaltou que o BC sempre entendeu que o importante era dar liquidez e não influenciar a trajetória de preço, não deixando de olhar o comportamento do real em relação a outras moedas.

“Estamos preparados a qualquer momento para fazer uma coisa maior, se for necessário, no câmbio”, disse.

Campos Neto reconheceu que mais recentemente o real teve depreciação maior que outras moedas. Ele citou “vários elementos” para esse movimento, incluindo o papel das operações de overhedge.

Recentemente, o governo publicou Medida Provisória que muda a tributação de investimentos de bancos no exterior, buscando eliminar distorções ligadas a hedge pelas instituições financeiras, num momento de preocupação do BC com a volatilidade no mercado de câmbio por conta do coronavírus.

Pouco após a fala de Campos Neto, a autoridade monetária voltou a oferecer dinheiro “novo” no mercado de câmbio, realizando pelo segundo dia consecutivo oferta líquida de contratos de swap cambial, o que ajudou o dólar a abandonar a alta e passar a cair.

(Atualizada às 15h20)

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reuters@moneytimes.com.br
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