Banco Central eleva projeção de crescimento do PIB de 1,7% para 2,7% em 2022
O Banco Central elevou a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano de alta de 1,7% para 2,7%.
Os dados são do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira pela autoridade monetária.
O documento destaca que o último relatório apontava para um crescimento da atividade econômica no segundo trimestre mais expressivo do que projetado.
“A evolução dos indicadores mensais e o efeito esperado dos estímulos fiscais recentemente aprovados também sugerem que o terceiro trimestre deve ser mais positivo do que esperado anteriormente”, diz.
Com isso, as projeções do Banco Central estão alinhadas com a do mercado, que revisou a alta do PIB de 1,4% para 2,7%.
Trimestre passado
No segundo trimestre, o PIB cresceu 1,2% em relação ao trimestre anterior. Este é o terceiro resultado consecutivo com ritmo de alta elevado.
Com esse resultado, o PIB atingiu patamar 3% acima do observado no final de 2019, mas ainda se mantém 1,4% abaixo da tendência pré-pandemia e 0,3% abaixo de seu nível máximo, atingido em 2014.
O crescimento do PIB refletiu altas nos três setores da oferta, sendo que, na agropecuária, o resultado positivo foi favorecido pela base fraca do primeiro trimestre, mais afetado pela quebra parcial da safra de soja.
Já o setor secundário, registrou alta em todos os segmentos, assim como em serviços. Neste último, vale destaque para os crescimentos em comércio, transporte, serviços de informação e no grupo “outros serviços”.
Sob a ótica da demanda final, destaca-se o consumo das famílias, que teve forte elevação no trimestre e ultrapassou o nível pré-pandemia pela primeira vez desde o início da crise sanitária.
Entre os demais componentes da demanda, o consumo do governo recuou pelo segundo trimestre consecutivo, após crescimento de 1,1% ao longo dos três últimos trimestres de 2021.
Já as exportações recuaram 2,5% no período, puxadas pela redução no embarque de produtos básicos, enquanto as importações cresceram 7,6%, com aumento na aquisição de bens de capital, de bens duráveis e de bens intermediários.
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