Banco Central do Chile prevê piora da economia com impacto do coronavírus
O Banco Central do Chile reduziu nesta quarta-feira suas estimativas para o crescimento econômico de 2020 para o intervalo entre -1,5% e -2,5%, ante 0,5% a 1,5% previsto em dezembro, citando a pandemia de coronavírus.
O banco disse que estima uma inflação de 3% para o período, ante 3,4% anteriormente, e uma demanda doméstica caindo 5,8%.
Além disso, projetou um preço de cobre de 2,15 dólares por libra-peso em um relatório econômico trimestral que apontou que o cenário “se deteriorou drasticamente” desde fevereiro, com a chegada do coronavírus ao Chile.
O banco central chileno disse que viu a economia contrair no segundo trimestre e expressou esperanças de uma recuperação começando no terceiro trimestre.
As projeções do banco no relatório trimestral de dezembro foram um rebaixamento de uma perspectiva anterior e mais dinâmica de uma das economias até então mais estáveis da América Latina, e vieram após os protestos mais violentos e generalizados no Chile desde seu retorno à democracia em 1990.
A agitação começou em outubro do ano passado, assustando investidores e turistas e paralisando o transporte, o comércio e a indústria.
Agora, porém, as projeções do banco se relacionam com o golpe à economia global e doméstica provocada pelo novo coronavírus, iniciado na China, principal mercado do Chile para suas exportações de cobre.
O primeiro caso do vírus desembarcou no Chile no início de março e já houve mais de 2 mil casos confirmados e 12 mortes no país. O governo fechou escolas e lojas e anunciou toque de recolher e quarentena em todo o país.