Economia

Banco Central do Brasil é eleito autoridade monetária do ano; veja

13 mar 2024, 17:07 - atualizado em 13 mar 2024, 17:07
Banco Central é eleito autoridade monetária do ano. (Imagem: Rafael Ribeiro/BCB)

O Banco Central do Brasil foi eleito autoridade monetária do ano pelo Central Banking Awards 2024, na terça-feira (12). Sob o comando de Roberto Campos Neto, o BCB foi elogiado por sua autonomia, mesmo diante de pressões enfrentadas com o presidente Lula.

“[O Banco Central do Brasil] melhorou a sua transparência e sua comunicação, reformou suas abordagens às intervenções cambiais e apoiou a estabilidade financeira. Transformou digitalmente seus próprios processos, poliu suas credenciais de inclusão ambiental e financeira, ao mesmo tempo em que atualizou seu ecossistema de pagamentos instantâneos, incluindo esforços para incorporar um ‘real digital’ em sua estrutura arquitetônica”, diz o texto do Central Banking.

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Apesar de elogios a Campos Neto, a autoridade monetária recebeu diversas críticas vindas de Lula e integrantes da administração do PT. O presidente, ministros e governistas criticam a taxa de juros e dizem que o Banco Central demorou para reduzi-la.

“Não tem nenhuma explicação os juros da taxa Selic estarem a 11,25%.”, declarou Lula. “Não existe nenhuma explicação econômica, nenhuma explicação inflacionária. Não existe nada a não ser a teimosia do presidente do Banco Central em manter essa taxa de juros”.

O levantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado em fevereiro de 2024, mostra a importância da independência financeira para 74% dos 87 Bancos Centrais consultados.

Segundo o Central Banking, a lei que estabelece a autonomia do BCB foi primordial para o desempenho da autoridade monetária brasileira. A regulação foi sancionada em 2021 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Essa independência recém-descoberta, no entanto, enfrentou um teste na preparação para as eleições brasileiras, que acabou se intensificando depois da confirmação de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente à frente de Jair Bolsonaro. Lula criticava a política do Banco Central, alegando que as altas taxas de juros estavam prejudicando a economia brasileira”, diz a publicação.

Outras premiações do Banco Central do Brasil

Além desta premiação, o Banco Central já havia recebido diversos prêmios internacionais. Em outubro de 2023, recebeu o prêmio do Council of the Americans para o Pix.

Já em março do mesmo ano, venceu a categoria de “Melhor Gestor de Reservas” do Central Banking Awards 2023, sendo um reconhecimento de excelência do BCB com uma gestão de mais de US$ 300 bilhões de reservas.

Antes disso, em fevereiro de 2020, o Banco Central ganhou o Central Banking Awards em duas categorias: gerenciamento de risco e melhor site de banco central.

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