Economia

Banco Central: Confira o conselho de Campos Neto para o seu sucessor

03 abr 2024, 12:39 - atualizado em 03 abr 2024, 12:39
campos neto banco central
Banco Central: Mandato de Roberto Campos Neto termina no dia 31 de dezembro e ele quer antecipar processo de sucessão. (Imagem: Rafael Ribeiro/BCB)

Saber dizer ‘não’. Esse é o conselho que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, dá para seu futuro sucessor. O executivo deixará o cargo no dia 31 de dezembro e já está se preparando, junto com o governo, para o período de transição.

“Eu diria que a coisa mais importante para quem senta na cadeira hoje é ter a firmeza de dizer ‘não’, quando for necessário. E vai ser necessário, sempre é em algum momento, dizer ‘não'”, disse Campos Neto, em evento do Bradesco BBI.

Segundo ele, isso é importante porque os ciclos econômicos mudam e, com isso, mudam também os desejos e entendimentos sobre como a política monetária deve ser conduzida.

“É importante ter firmeza de dizer não e explicar, explicar para dentro, explicar para fora, e dizer: ‘olha, o ciclo de política monetária tem uma diferença, ele tem um timing, vamos dizer assim, um prazo diferenciado, e no final das contas o pior problema que a gente tem no país, a gente viu aqui na Argentina do lado, a gente está vendo tanto que a inflação corrói muito o poder de compra de quem está embaixo, então o melhor plano econômico é ter inflação baixa e estável”, completou.

Banco Central: Quem vai substituir Campos Neto?

Campos Neto quer adiantar a decisão e divulgação do nome do seu sucessor para se preparar para o processo de transição.

“Vou fazer a transição da forma mais suave possível. Eu acho que essa coisa de você mudar de um governo pra outro, onde um fala mal do outro, e a gente tem uma transição que não é civilizada, eu acho isso muito ruim para a parte institucional do Brasil”, disse Campos Neto.

Entre os nomes de possível sucessores está o de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária e primeira indicação do governo Lula para a autarquia.

No entanto, também entrou para o páreo o economista Marcelo Kayath. Ele foi diretor do Credit Suisse e é amigo de Haddad. Também aparece nas conversas de bastidores o nome de Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos do BC.

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