Banco Central britânico amplia estímulo de novo para lidar com impacto de Covid e Brexit
O banco central britânico aumentou seu já enorme estímulo de compra de títulos em 150 bilhões de libras (195 bilhões de dólares), acima do esperado, conforme se prepara para os danos econômicos dos novos lockdowns contra o coronavírus e para o risco do Brexit.
A medida foi anunciada no dia em que a Inglaterra entrou em um lockdown de quatro semanas para conter a segunda onda de Covid-19.
O Banco da Inglaterra disse que a economia britânica deve encolher 2% no quarto trimestre como resultado, e que a economia vai contrair um recorde de 11% em 2020 como um todo, mais do que a expectativa de 9,5% de março.
“A perspectiva para a economia continua extraordinariamente incerta”, disse o banco central.
“Ela depende da evolução da pandemia e das medidas adotadas para proteger a saúde pública, assim como a natureza dos, e transição para, novos acordos comerciais entre a União Europeia e o Reino Unido.”
O Banco da Inglaterra manteve sua taxa de juros em 0,1% como esperado em pesquisa da Reuters, e fez poucas menções a juros negativos enquanto uma consulta com bancos sobre suas questões práticas está em andamento.
O banco central elevou o volume de seu programa de compra de ativos para 895 bilhões de libras, 50 bilhões a mais do que esperado pela maioria dos economistas em pesquisa da Reuters.
O banco afirmou que isso dará poder de fogo suficiente para ampliar suas compras de títulos do governo até o final de 2021.
Ainda, o Banco da Inglaterra projeta que a economia britânica irá superar seu tamanho de antes da pandemia de Covid-19 apenas no primeiro trimestre de 2022. Anteriormente a expectativa era de que a recuperação estivesse completa até o final do próximo ano.