Banco Central: balanço de riscos tem 3 novas variáveis, diz BB Investimentos
O BB Investimentos publicou relatório a seus clientes nesta quinta-feira (20) após a reunião do Copom decidir pela manutenção da Selic em 6,5% ao ano, pela oitava vez consecutiva, na primeira reunião de Campos Neto a frente da instituição.
Os analistas destacam a sincronicidade entre a decisão da autarquia e as expectativas de mercado, sendo a decisão respeitada, segundo enfatizado pela BB Investimentos, pela simetria no balanço de riscos.
Além desta razão para manutenção da política monetária, os analistas destacaram outros pontos, tais como ritmo de atividade econômica aquém do esperado, medidas de inflação em níveis confortáveis e cenário externo desafiador.
Atividade, riscos e cenário externo
No tocante a atividade econômica, a BB Investimentos ressalta a análise do Banco Central diante do “fraco desempenho da economia, evidenciado pelos últimos indicadores”, com consequente redução da projeção do PIB no Relatório Focus para 2,01% neste ano – terceiro recuo consecutivo na estimativa.
Três variáveis entram no balanço de riscos da autarquia, segundo a BB Investimentos: nível de ociosidade; expectativas sobre reformas e cenário externo para economias emergentes.
Em relação ao primeiro, o nível de ociosidade tender a manter a inflação abaixo da meta. Já quanto ao segundo, a não realização das reformas pode despertar choques na trajetória do nível geral de preços. Já a deterioração do cenário externo é risco sistêmico para os emergentes, segundo os analistas.