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Banco Central ataca novamente e tenta outra intervenção no dólar; o que esperar do Ibovespa (IBOV) nesta quinta (19)

19 dez 2024, 7:24 - atualizado em 19 dez 2024, 7:26
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Ontem, o dólar à vista quebrou o recorde anterior e terminou a sessão a R$ 6,2657 (+2,78%), no maior valor nominal de fechamento da história. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dia deve ser de uma tentativa recuperação no mercado que viveu uma quarta-feira sangrenta após a decisão monetária do Federal Reserve e incertezas fiscais no Brasil.

Por conta da alta desenfreada do dólar, o Banco Central anunciou que fará nesta manhã um leilão de venda de dólar à vista no valor de até US$ 3 bilhões.

Só ontem, o BC realizou quatro sessões seguidas de intervenções em que inundou o mercado com mais de US$ 12,75 bilhões, em operações à vista e também em leilões de linha, em que a autarquia empresta dólares ao mercado com o compromisso de recompra.

Também pesa no mercado a tramitação do pacote de corte de gastos do governo no Congresso. O governo não conseguiu votos para aprovar ontem mesmo a proposta na Câmara dos Deputados, que foi desidratado ao longo do dia. Arthur Lira, então, adiou a votação da proposta para esta quinta-feira, (19).

Os parlamentares aprovaram um projeto do pacote, com novos gatilhos para reforçar o arcabouço fiscal. Por outro lado, eles derrubaram o corte emendas parlamentares impositivas para cobrir gastos obrigatórios e cumprir o limite de despesas.

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) teve mais um dia de forte aversão ao risco com o temor de desidratação das medidas fiscais no Congresso Nacional como pano de fundo. O desempenho negativo também foi puxado pela decisão sobre os juros nos Estados Unidos — que derrubou os índices em Wall Street. 

Nesta quarta-feira (18), o principal índice da bolsa brasileira caiu 3,15%, aos 120.771,88 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) quebrou o recorde anterior e terminou a sessão a R$ 6,2657 (+2,78%), no maior valor nominal de fechamento da históriaAo longo do dia, a divisa superou a cotação de R$ 6,27 pela primeira vez desde a criação do real, em 1994.

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O que esperar de Wall Street

Lá fora, o dia é de agenda esvaziada — com exceção do PIB nos EUA —, dando bastante tempo para os investidores pensarem e digerirem a última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do ano.

O Fed cortou os juros de referência dos Estados Unidos (EUA) em 0,25 ponto percentual. Com isso, a taxa, que estava no intervalo de 4,50% a 4,75%, foi reduzida para 4,25% a 4,50% ao ano.

Mas o que pesou mesmo foram as falas do presidente Jerome Powell, que não descartou a possibilidade de elevar as taxas de juros no próximo ano. “Não há certeza real sobre qual é a taxa dos juros neutra e por isso precisamos proceder com cautela”, disse.

Além disso, o gráfico de pontos sinalizava que os diretores do banco central americano esperam por mais dois cortes de 0,25 pp no ano que vem, contra quatro cortes projetados em setembro.

O que vem pressionando a autoridade monetária é a inflação ainda resistente — em novembro, os preços ao consumidor (CPI) tiveram o maior aumento em sete meses — e a volta de Donald Trump à Casa Branca, que promete mudar a dinâmica dos mercados e taxas envolvendo os EUA.

As bolsas internacionais operam em baixa, enquanto os futuros de Wall Street amanheceram no positivo.

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quinta-feira (19)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: -0,69%
  • Hong Kong/Hang Seng: -0,56%
  • China/Xangai: -0,36%

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: -1,22%
  • Frankfurt/DAX: -0,97%
  • Paris/CAC 40: -1,23%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: +0,36%
  • S&P 500: +0,44%
  • Dow Jones: +0,36%

Commodities

  • Petróleo/Brent: +0,01%, a US$ 73,40 o barril
  • Petróleo/WTI: -0,82%, a US$ 70 o barril
  • Minério de ferro: -1,08%, a US$ 106,69 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): -2,1%, a US$ 101.891
  • Ethereum (ETH): -4,8%, a US$ 3.681

Boa quinta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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