Banco Central aprova volta de André Esteves ao controle do BTG Pactual
O banqueiro André Esteves foi autorizado, pelo Banco Central (BC), a retornar ao grupo de controle do BTG Pactual (BPAC11). A permissão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (18) e comunicada pelo banco após o fechamento do mercado.
Numa curtíssima nota, o BTG informa que falta, apenas, a conclusão do pedido por autoridades estrangeiras.
A origem do BTG Pactual é o antigo banco Pactual, fundado em 1983 por Luiz Cezar Fernandes e outros profissionais do mercado financeiro. Em 1998, o comando foi assumido por um grupo liderado por Esteves, que transformou a instituição num dos maiores bancos de investimento do país.
Em 2006, o então Pactual foi vendido para o banco suíço UBS, criando o UBS Pactual, do qual Esteves tornou-se o chefe global de renda fixa.
Em 2008, o banqueiro deixou a instituição para fundar o BTG Investments, uma gestora de investimentos. Em 2009, sua nova empresa comprou o UBS Pactual, dando origem ao atual BTG Pactual.
Lava Jato
Esteves estava afastado da instituição desde 2015, quando seu nome apareceu na Operação Lava Jato, acusado de tentar obstruir a Justiça. O banqueiro ficou 23 dias preso em Bangu. Para evitar que o caso contaminasse os negócios, os demais sócios de Esteves o afastaram do grupo de controle do BTG Pactual.
O banqueiro foi absolvido pela Justiça, a pedido do próprio Ministério Público Federal, que alegou falta de provas de seu envolvimento com a Lava Jato. Em dezembro do ano passado, Esteves iniciou o processo de retorno ao controle da instituição que ajudou a criar.
Atualmente, estima-se que ele possua cerca de 40% das ações ordinárias e 29% do capital total da holding que controla o BTG.
Desde 2011, Esteves figura no ranking das pessoas mais ricas do mundo elaborado pela Forbes. Sua fortuna é estimada em US$ 3 bilhões, o que o coloca como o oitavo brasileiro mais abonado do planeta.
Veja, a seguir, o comunicado do BTG Pactual.