Banco BMG fecha em queda de 17% após balanço do quarto trimestre
As ações do Banco BMG (BMGB4) fecharam em queda expressiva na primeira hora de negociação na B3 (B3SA3), depois de reportar na noite de ontem que encerrou o quarto trimestre do ano com lucro líquido de R$ 163 milhões.
O lucro reportado no período é quatro vezes superior aos R$ 40 milhões de um ano atrás. No acumulado de 2019, os ganhos forma de R$ 367 milhões, mais que o dobro dos R$ 171 milhões de 2018.
Já considerando o resultado recorrente, o banco mineiro teve lucro de $ 74 milhões entre outubro e dezembro, crescimento de 21,3% na comparação anual. Em todo o ano de 2019, o lucro recorrente ficou em R$ 344 milhões, alta de 33,3% em relação a 2018.
Mesmo assim, os números não agradaram os investidores.
Com isso, os papéis caíram 16,97% a R$ 7,63. As ações do banco chegaram a entrar em leilão às 10h19, quando tinha perdas de mais de 8%.
Mais detalhes do balanço
No caso do ROAE, a rentabilidade sobre patrimônio líquido, houve alta de 6 pontos percentuais para 20,7% no quarto trimestre. No entanto, considerando os números recorrentes, houve queda, indo de 10,4% para 9,6%. Em 2019, o ROAE chegou a 12,5% recorrente, ante 10,8% de 2018.
O patrimônio líquido do BMG fechou o ano em R$ 4,028 bilhões, alta de 52,5% em um ano.
No caso da carteira de crédito, a instituição fechou 2019 em R$ 11,455 bilhões, crescimento de 20,4% em 12 meses e de 5,9% em três meses
Deste total, quase 70%, ou R$ 7,993 bilhões, correspondem a cartão consignado. O índice de Basileia do BMG disparou após a abertura de capital, passando de 13,8% ao final de setembro para 22,5% em dezembro.
O indicador mostra que o banco está bem capitalizado para conceder novos empréstimos, já que o mínimo exigido pelo Banco Central é 11%.