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Balanços endossam alta do Ibovespa mas exterior fraco limita avanço; Via Varejo sobe 7%

13 ago 2020, 11:37 - atualizado em 13 ago 2020, 11:39
Ibovespa
Às 11:08, o Ibovespa subia 0,58%, a 102.711,71 pontos (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

O Ibovespa avançava nesta quinta-feira, com Via Varejo entre os destaques de alta após reverter prejuízo e mostrar lucro trimestral, mas o fôlego era atenuado pela fraqueza externa sem novidades sobre novos estímulos fiscais nos Estados Unidos.

Às 11:08, o Ibovespa subia 0,58%, a 102.711,71 pontos. O volume financeiro era de 6,2 bilhões de reais.

No Brasil, a temporada de resultados trimestrais também trouxe números de empresas como BRF e Eletrobras, e reserva para o final do dia uma bateria de balanços, incluindo JBS e B3.

A equipe da Guide Investimentos também afirmou que declarações do presidente Jair Bolsonaro na noite da véspera, em defesa da manutenção do teto de gastos, trazem um viés positivo nesta sessão.

“Nós respeitamos o teto dos gastos, queremos a responsabilidade fiscal e o Brasil tem como realmente ser um daqueles países que melhor reagirá à questão da crise”, afirmou Bolsonaro após reunião com os presidentes da Câmara e do Senado.

Em Wall Street, o S&P 500 oscilava ao redor da estabilidade, após rondar recorde, com disputas políticas sobre medidas de estímulo fiscais à economia dos EUA e dados de pedidos de auxílio-desemprego no radar.

O petróleo também recuava, com o preço do Brent caindo 0,3% após Agência Internacional de Energia (IEA) reduzir projeção de demanda por petróleo em 2020

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Destaques

Via Varejo (VVAR3) saltava 6,8%, tendo de pano de fundo lucro de 65 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo apurado um ano antes, em resultado beneficiado por ecommerce e crédito fiscal. A ação da companhia também foi incluída no índice MSCI Global Standard.

No setor, Magazine Luiza (MGLU3)ON tinha alta de 2,5% e B2W (BTOW3), que apresenta desempenho trimestral no final do dia, subia 0,7%.

Marfrig (MRFG3) avançava 4%, após reportar lucro líquido de 1,59 bilhão de reais no segundo trimestre, em resultado que a empresa atribuiu à melhora no desempenho operacional e à firme demanda da China. Na máxima até o momento, o papel chegou a 16,30 reais, recorde intradia desde abril de 2011. No setor, JBS ON, que divulga balanço após o fechamento, avançava 1%.

MRV (MRVE3) subia 3,1%, também entre os destaques positivos. Maiores esforços comerciais para manter o ritmo de vendas durante o período mais agudo da pandemia de Covid-19 no Brasil pressionaram o lucro da MRV no segundo trimestre, mas a companhia indicou normalização recente e aceleração dos lançamentos na segunda metade do ano.

BRF (BRFS3) recuava 5%, pior desempenho do Ibovespa, após divulgar lucro líquido de 307 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 5,5% em relação ao ano anterior, com a crise do Covid-19 aumentando custos e atingindo exportações. No trimestre, a BRF teve receita líquida de exportações diretas totalizou 962 milhões de reais, uma queda de 23,2%.

No radar, uma amostra de asas de frango congeladas importadas do Brasil pela cidade chinesa de Shenzhen testou positivo para o novo coronavírus, disse o governo local nesta quinta-feira, gerando temores de que embarques de alimentos contaminados possam causar novos surtos.

Vale (VALE3)perdia 0,6%, após avanço na véspera, com o setor de mineração e siderurgia como um todo apresentando um desempenho mais fraco do que o Ibovespa, com exceção de USIMINAS PNA, que subia 1,7%.

Petrobras (PETR4) tinha variação positiva de 0,3%, apesar da debilidade dos preços do petróleo no exterior.

Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4)subiam 0,6% e 0,8%, respectivamente, reforçando a trajetória positiva do Ibovespa.