Balanços de varejistas serão “pouco inspiradores”; veja quem deve se salvar
Apesar da tão elogiada retomada do consumo, que deve ser o carro-chefe da expansão econômica neste ano, os balanços do quarto trimestre das empresas de varejo não devem impressionar muito. A avaliação é do Santander.
“Esperamos que as varejistas brasileiras tenham uma temporada de resultados pouco inspiradora”, afirma o analista Ruben Couto, que assina o comentário do banco.
Ele acrescenta que os resultados vão contrastar “com as indicações iniciais de uma retomada do consumo após o intenso fluxo de notícias que relataram uma forte Black Friday e a melhor temporada de Natal nos últimos anos.”
Freada
O Santander espera que as vendas líquidas cresçam menos na comparação anual. Em números, significa uma alta de 8,2% no quarto trimestre, ante 9,4% no terceiro trimestre. A rentabilidade será menor para a maioria das empresas.
Couto espera que metade das companhias que cobre apresentem uma geração de caixa, medida pelo ebitda, menor que o do mesmo período de 2018.
Um dos destaques positivos, de acordo com o Santander, será a B2W (BTOW3), devido ao crescimento do GMV (Gross Merchandise Volume) esperado de 31%. Outro deve ser a Lojas Renner (LREN3), da qual se espera um forte aumento das vendas, apesar da base de comparação já elevada.
Na ponta oposta, o Santander espera resultados negativos da CVC (CVCB3), Hering (HGTX3) e Hypera (HYPE3).