Balanço ruim do Burger King foi inevitável, comentam analistas
O Burger King Brasil (BKBR3) divulgou, como esperado, números fracos do segundo trimestre de 2020.
A cadeia de restaurantes encerrou o período com um prejuízo líquido de R$ 186,7 milhões, afetado pela pandemia de covid-19, que forçou o fechamento das lojas a partir da segunda quinzena de março. Em abril e maio, a companhia estava funcionando com apenas 40% das unidades, e só voltou com as atividades a partir de junho, fechando o mês com 75% dos restaurantes abertos.
A receita operacional líquida do Burger King recuou 56,7%, encerrando em R$ 292,7 milhões, enquanto o Ebitda ajustado passou dos R$ 95,1 milhões positivos no segundo trimestre do ano passado para um saldo negativo de R$ 92 milhões.
De acordo com o BTG Pactual (BPAC11), o cenário difícil de curto prazo para o setor de restaurantes foi inevitável no trimestre. No entanto, os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi destacaram a importância de olhar além dos desafios atuais:
“Vemos a alta fragmentação do setor de restaurantes brasileiro como uma oportunidade para players bem capitalizados/administrados, como o Burger King”, afirmaram.
Dessa forma, o banco sustentou a recomendação de compra da ação, com preço-alvo de R$ 13 para os próximos 12 meses.