Balanço positivo do Bradesco sustenta apostas de valorização de ação em até 67%

Na noite desta quarta-feira (28), após o fechamento do mercado, o segundo maior banco privado do Brasil revelou que suas operações durante o terceiro trimestre de 2020 se saíram melhor que o encomendado, apesar dos efeitos desencadeados pela pandemia de coronavírus.

O Bradesco (BBDC4) teve lucro líquido de 5,031 bilhões de reais, cerca de 15% acima da média de estimativas de analistas, segundo dados da Refinitiv, mas 23,1% abaixo do resultado positivo de um ano antes.

A XP Investimentos destaca que, ao contrário do Santander Brasil (SANB11), o índice de inadimplência entre 15-90 dias do Bradesco ficou estável em 2,6%.

“Acreditamos que o controle da inadimplência é um bom sinal, pois 75% das operações prorrogadas já foram realizadas e estão em situação regular, com 98% em dia”, enfatiza o analista de setor financeiro Marcel Campos.

A Mirae Asset é ainda mais incisiva ao levantar a moral do Bradesco frente ao seu par Santander Brasil, que também dividiu opiniões com a divulgação de seu balanço do 3° trimestre.

“O Santander mostrou melhor retorno, mas a lucratividade do Bradesco surpreendeu, superando expectativas do mercado”, opina o analista Pedro Galdi.

O Bradesco reservou 5,588 bilhões de reais para créditos de liquidação duvidosa, alta de 67,5% ano a ano, mas queda de 37,1% em relação ao trimestre anterior.

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Na avaliação do Banco Safra, que está mais otimista com as ações do Bradesco, a equipe de análise observa melhora significativa na alocação de reservas em comparações trimestrais.

“Assumimos uma perspectiva de recuperação da atividade econômica no início de 2021, portanto no ano seguinte os aportes de provisão do Bradesco devem ser ainda menores. Tal guinda, ainda pode aumentar marginalmente os lucros do banco”, revelam os analistas Luis Azevedo e Silvio Doria.